Boas práticas ambientais de Guimarães em destaque no programa de Cooperação Territorial Europeia
As políticas de boas práticas ambientais e promoção da biodiversidade em Guimarães são apontadas como exemplo pelo URBACT, um programa europeu de intercâmbio e aprendizagem que promove o desenvolvimento urbano sustentável.
O projeto P2GREeN – Proteção e Promoção da Biodiversidade de Guimarães – Património Natural, criado e desenvolvido pelo Município de Guimarães em parceria com o Laboratório da Paisagem, assume-se como um Plano Integrado de Biodiversidade Urbana, que se pretende que adicione valor às áreas verdes da Cidade, para que os cidadãos possam apreciá-las e respeitá-las. Além disso, e não menos importante, o plano pretende contribuir para aumentar a importância das espécies autóctones.
O destaque deste projeto está patente na plataforma digital do programa URBACT (http://www.urbact.eu/biodiversity-priority-guimaraes), tratando-se do programa de Cooperação Territorial Europeia com o objetivo de promover o desenvolvimento urbano integrado e sustentável nas cidades da Europa.
A missão do URBACT é permitir que as cidades trabalhem em conjunto e desenvolvam soluções integradas para os desafios urbanos comuns, trabalhando em rede, aprendendo com as experiências uns dos outros, tirando lições e identificando boas práticas para melhorar as políticas urbanas, apontando como exemplo as práticas desenvolvidas pela Câmara Municipal de Guimarães.
Recorde-se que o projeto P2GREeN foi reconhecido como uma Boa Prática URBACT em junho de 2017 e apresentado no URBACT City Festival 2017, em Tallinn.
O projeto é baseado num plano estratégico, que compreende duas etapas principais, ligadas entre si. A primeira etapa inclui uma fase de diagnóstico/caracterização de áreas verdes e biodiversidade, seguida pela segunda etapa de valorização das áreas verdes do município.
A implementação pela parte do Laboratório da Paisagem inclui a fase de diagnóstico/caracterização com três ações distintas, que compartilham o objetivo de maximizar o conhecimento da área. Inicialmente, propôs o mapeamento da presença de espécies exóticas invasoras, através do “Plano de Controle de Espécies Exóticas Invasoras”, bem como a indicação de protocolos para a erradicação dessas espécies. O reflorestamento das áreas identificadas é realizado por meio de um projeto de educação ambiental e envolvimento comunitário chamado "Guimarães mais Floresta", que também promove a conscientização sobre a importância de uma floresta autóctone.
A fase de diagnóstico inclui também a avaliação da biodiversidade das áreas verdes do Município. Neste caso, a comunidade está envolvida na criação de um Banco de Dados de Biodiversidade através da aplicação BiodiversityGO!.