Demolição de edifício dá lugar a uma nova praça no Centro Histórico de Guimarães
Uma escultura em ferro e uma plantação de laranjeiras vão embelezar Largo de Donães, que voltará a ter o seu traçado original em julho deste ano. Serviços sociais da Cantina Económica já foram transferidos para um renovado imóvel reabilitado pelo Município.
A Câmara Municipal de Guimarães inicia esta quarta-feira, 06 de abril, a reabilitação do Largo de Donães, devolvendo à fruição pública um quarteirão situado entre a Rua da Rainha e a Rua Egas Moniz, atualmente ocupado por um edifício que albergou, entre outras valências, a cantina social e cujo processo de demolição principiará na quinta-feira. A regeneração do espaço, com um custo aproximado de 152 mil euros, montante ao qual acresce a taxa de IVA em vigor, será executada num prazo de três meses, podendo ser já frequentado no próximo verão.
O renovado Largo de Donães, enquadrado por muros e laranjeiras, acolherá na zona central uma escultura em ferro, que será colocada numa segunda fase, em homenagem às artes e ofícios vimaranenses. O pavimento da praça será em lajeado de granito e a viela em calçada à portuguesa, conforme planta do século XVI e de 1863. Com a demolição do edifício, construído há cerca de duas décadas, Guimarães consolida o processo de regeneração do seu Centro Histórico, classificado com o título da UNESCO e ganha uma nova praça, recuperando a centralidade que teve outrora.
Além da área onde se encontra atualmente um edifício de rés-do-chão, conhecido por “Casa dos Pobres”, a empreitada engloba igualmente a Rua de Donães e a Rua e Travessa João de Melo. O novo largo do Centro Histórico privilegiará a circulação pedonal, no âmbito da filosofia de intervenção adotada na política de reabilitação de locais públicos, propondo-se um desenho urbano cuja pavimentação surge na continuidade dos materiais utilizados anteriormente nos restantes espaços públicos do Centro Histórico de Guimarães.
Cantina Económica já ocupa novas instalações
As valências do Lar de Santo António existentes no Largo de Donães foram entretanto instaladas esta semana num edifício, propriedade da Autarquia, situado no limite superior do recinto da feira semanal, continuando a cumprir o desígnio de assistência humanitária que presidiu à sua criação, com a disponibilização de refeições, banhos públicos e tratamento de roupas a pessoas mais carenciadas. A Câmara Municipal de Guimarães, em articulação institucional com o Lar de Santo António, procedeu à transferência dos serviços de carestia alimentar e higiénica para um local com condições mais dignas, o que permitiu iniciar a reabilitação urbanística do largo.
A 1 de maio de 1934, foi fundada oficialmente a Casa dos Pobres de Guimarães, na rua de S. Dâmaso, em edifício pertencente à Câmara Municipal. Um refeitório para o fornecimento de refeições grátis, uma cozinha económica, um albergue para abrigo temporário, um balneário público e um lactário para fornecer leite grátis a mães necessitadas foram os primeiros serviços desenvolvidos pela instituição. Com a demolição da sede, as instalações passaram para o Largo de Donães onde ficou a funcionar até esta semana o refeitório, que serve atualmente cerca de 120 refeições, depois de já ter partilhado o espaço físico com um Centro de Dia e um Centro de Convívio.
Notícias relacionadas
-
VII Encontro dos Antigos e Atuais Moradores do Centro Histórico de Guimarães comemorou a amizadeNotícias geraisOutras Notícias
VII Encontro dos Antigos e Atuais Moradores do Centro Histórico de Guimarães ...
15 Set -
Centro Histórico de Guimarães considerado um dos mais populares do mundo no instagramNotícias CulturaNotícias gerais
Centro Histórico de Guimarães considerado um dos mais populares do mundo no ...
28 Ago