Westway LAB 2020 ganha vida híbrida entre o Centro Cultural Vila Flor e o mundo digital
De 14 a 17 de outubro, o universo da música fica de olhos e ouvidos postos em Guimarães para uma edição que surge sob a forma de concertos ao vivo e conferências, keynotes e (mais) concertos transmitidos online
O mundo mudou, mas o Westway LAB insiste em conviver com as formas do futuro. E a sua 7ª edição, situada excecionalmente em outubro, apresenta uma nova configuração híbrida que conjuga a experiência presencial com acesso digital a importantes conteúdos onde cabem concertos, conferências e keynotes.
O Westway LAB 2020 reunirá em Guimarães nomes e projetos artísticos como The Legendary Tigerman, Valter Lobo, Mão Morta Redux, Tó Trips, The Lemon Lovers, Miramar, Evols, Seiva e IAN, estes dois últimos em estreita colaboração com a plataforma Why Portugal. Tó Trips e Mão Morta Redux com a particularidade de musicarem ao vivo no festival, respetivamente, as suas bandas sonoras originais dos filmes Surdina, realizado pelo cineasta vimaranense Rodrigo Areias, e A Casa na Praça Trubnaia, obra-prima do cineasta soviético Boris Barnet, numa edição do Westway LAB que propõe um foco sobre filmes-concerto, promovendo a dimensão audiovisual como uma forte experiência imersiva a ser vivida nos dias do festival.
As conferências PRO – que contarão com a participação de nomes como Roberta Medina e Rob Challice – acontecem nos dias 15, 16 e 17 com transmissão digital, tal como os concertos de Julian Zyklus, Hickeys, Aka Neomi, Misia Furtak, Lily Arbor, Carnival Youth, Jack Found, Samuel Coelho, Anibal Zola, André Júlio Turquesa e Yosune.
Encontram-se disponíveis bilhetes diários para os concertos de 16 e 17 de outubro, bem como um passe para os 2 dias de concertos e o registo nas conferências PRO. Os concertos do dia 15 serão de entrada gratuita.
Entre as novidades desta edição, encontra-se uma nova funcionalidade de transmissão digital da programação, a juntar às redes sociais do Westway LAB, bem como o novo website www.westwaylab.com, onde pode ser encontrada a programação das conferências e concertos, entre outros conteúdos.
Pelo sétimo ano consecutivo, o Westway LAB ganha vida e alastra a energia musical a partir da cidade de Guimarães, sempre em contacto com o mundo. Em 2020, o primeiro evento em Portugal a reunir as vertentes de concertos, conferências e criação, decorre de 14 a 17 de outubro e a música revela-se sob a forma de concertos, conferências e keynotes, a acontecerem ora no Centro Cultural Vila Flor, ora no mundo digital.
Desde a primeira edição, o Westway LAB tem sido um tempo de partilha, discussão e celebração da música. A edição de 2020, deslocada de abril para o mês de outubro, volta a ocupar o Centro Cultural Vila Flor com um programa adaptado às condições de segurança vigentes, que incorpora um leque de concertos ao vivo e conferências profissionais, abrindo com um momento de celebração. Na impossibilidade de voltar a juntar, em Guimarães, artistas nacionais e estrangeiros, para processos de criação sem barreiras (conforme acontecia anualmente desde 2014), esta 7ª edição arrancará às 21h30 de quarta-feira (14 de outubro) com a celebração do legado das últimas seis edições das residências artísticas com alguns dos seus intervenientes e colaboradores, a partir do Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães.
O programa de concertos presenciais da edição de 2020 será mais reduzido que o habitual – com nove concertos protagonizados por artistas nacionais – e terá lugar, todo ele, no Grande Auditório do CCVF, sempre a partir das 21h30, com lugares marcados, havendo também a possibilidade de acompanhar a sua transmissão em direto nas redes sociais d’A Oficina e do Westway LAB. Paralelamente, também haverá lugar a outros onze concertos de projetos portugueses e internacionais via streaming, com difusão através de uma plataforma digital criada para o efeito pela AMAEI (Associação de Músicos Artistas e Editoras Independentes). As conferências PRO desta 7ª edição serão igualmente difundidas através da mesma plataforma digital, de forma a mostrar mais uma vez Guimarães ao mundo.
Na primeira noite de atuações, a 15 de outubro, o festival integra concertos ao vivo de Seiva – uma das mais originais e internacionais bandas do panorama folk em Portugal, utilizando apenas instrumentos tradicionais e misturando-os com os seus temas originais, com eletrónica e eletricidade –, Valter Lobo – cantautor que se deu a conhecer com um Inverno EP, em 2012, que rapidamente o levou para palcos como o CCB e a Casa da Música, e que traz ao Westway LAB alguns temas inéditos a incluir no próximo disco previsto para 2020, para além de músicas dos seus álbuns anteriores – e IAN – violinista russa, nascida e criada em Moscovo que chegou a Portugal com 15 anos, sozinha com o seu violino, que a acompanha desde os 4 anos de idade. Sendo atualmente o primeiro violino na Orquestra da Casa da Música do Porto, o projeto IAN surgiu de forma natural no seu percurso e carateriza-se pela fusão de elementos pop, trip-hop e eletrónica com uma forte presença de instrumentos clássicos como piano acústico e violino, frutos da experiência clássica de Ianina Khmelik.
A noite sexta-feira, dia 16, começa com o filme-concerto A Casa da Praça Trubnaia, do cineasta soviético Boris Barnet, composto e musicado ao vivo por Adolfo Luxúria Canibal, António Rafael e Miguel Pedro, que se apresentam enquanto Mão Morta Redux, um formato reduzido que marca um regresso ao período em que o grupo era constituído por apenas três elementos. A ronda de atuações prossegue com The Lemon Lovers – nascidos em 2012 no Porto num ambiente de blues e rock n’roll, depois de se lançarem à estrada para conquistarem Portugal e a Europa regressam à edição fonográfica e trazem ao Westway LAB o terceiro disco homónimo – e Miramar, projeto que junta duas figuras de proa da música portuguesa: Frankie Chavez e Peixe, que, embora provenientes de diferentes latitudes e experiências distintas, ambos estão unidos pelo seu trabalho com a guitarra, instrumento na companhia do qual nos levarão a sítios onde nunca fomos e eles também não.
A última noite do festival (17 de outubro) abre com a música original de Tó Trips em Surdina – tragicomédia minhota realizada por Rodrigo Areias e escrita por Valter Hugo Mãe. De seguida, testemunha-se o regresso ao CCVF dos Evols para apresentar no Westway LAB o terceiro disco da banda, formada em 2008 com influência de toda a música psicadélica que se reinventa há quase 60 anos. A maratona de concertos desta edição termina ao som de The Legendary Tigerman – reconhecido pelo nome próprio de Paulo Furtado, artista que os últimos 20 anos vestiu muitas peles e galgou terreno nos 7 continentes –, projeto que se fez de muitas formações, muitos formatos para entregar o rock n’ roll como só ele sabe, em doses desmedidas de turbulência e agitação, regressando agora ao palco novamente sozinho, acompanhado apenas da sua guitarra, um kit de bateria e um kazoo, prometendo uma aparição muito especial no Westway LAB.
No que diz respeito às conferências, a decorrerem nos dias 15, 16 e 17 com transmissão digital, o Westway LAB acolhe como seu keynote speaker internacional 2020 o agente Rob Challice da Paradigm Agency (agente de Bon Iver, Warpaint, Kings of Convenience, Beirut, entre muitos outros), aqui entrevistado por Allan McGowan, e Roberta Medina (Better World: Rock in Rio) como keynote nacional. É também com renovado entusiasmo que o Westway LAB promove juntamente com a AMAEI a segunda edição da conferência Digital Music Days. Após o sucesso da sua primeira edição no CCB em novembro de 2019, a AMAEI apresenta esta segunda edição da sua nova conferência – focada nos assuntos mais atuais das grandes plataformas da música digital e do streaming –, este ano com o apoio da MERLIN e fazendo coincidir esta edição virtual do Digital Music Days com o Westway LAB, o que significa que os conferencistas de ambas as conferências beneficiam de duplo acesso aos conteúdos e sessões tanto do Digital Music Days como do Westway LAB.
A vertente profissional do Westway LAB 2020 terá como eixos as conferências Westway PRO, INES e WHY Portugal, contemplando ainda uma sessão GDA (Gestão dos Direitos dos Artistas) e Europe in Synch, projeto europeu lançado pela AMAEI. Num total de quinze conferências com profissionais da indústria da música (maioritariamente internacionais), encontram-se abrangidos temas como ‘A gestão de carreiras artísticas na Europa, ‘O futuro do jornalismo musical’, ‘O futuro das rádios públicas na Europa’, ‘Gestão de direitos de artistas’, entre variados outros tópicos deste universo com tanto por explorar.
De lembrar que o Westway LAB – festival, conferência, criação – se realiza em Guimarães desde 2014, sendo o primeiro evento internacional de música em Portugal a integrar Residências Artísticas, Conferências Profissionais, Talks, Showcases e Concertos. O Westway LAB tem vindo assim a reforçar com sucesso a sua missão: operar uma transformação cultural, social e económica por via da música, possibilitando a construção de caminhos sustentáveis para a internacionalização de artistas e profissionais nacionais da área em questão.
Foi o primeiro festival português a entrar proativamente na rede ETEP - European Talent Exchange Programme, projeto fundado pelo Eurosonic, resultando na concretização do convite a Portugal como país destaque no Eurosonic em 2017 – só nesse ano foram internacionalizados 23 artistas na Holanda, com muitos a circular pela primeira vez noutros países e festivais como resultado desta missão pioneira. Mas o Westway é um LABoratório que esteve também na génese de dois novos projetos Europeus: o projeto INES - Innovation Network of European Showcases (Europa Criativa), que internacionaliza 10 novos artistas portugueses por ano, bem como o projeto Europe in Synch (Music Moves Europe) lançado pela já referida AMAEI.
O Westway LAB 2020 tem bilhetes diários para 16 e 17 de outubro com um custo de 12,5 euros, estando também disponível um passe para os 2 dias com o valor de 20 euros. Na compra deste passe geral, é oferecida uma máscara de proteção individual com a identidade gráfica desta edição do evento. O levantamento das máscaras poderá ser efetuado na bilheteira do Centro Cultural Vila Flor ao longo dos dias em que decorre o Westway LAB. Os concertos do dia 15 têm entrada gratuita e os bilhetes deverão ser levantados no dia do espetáculo, durante o horário de funcionamento da bilheteira do CCVF, sendo este levantamento limitado a dois bilhetes por pessoa.
Os ingressos para os concertos dos dias 16 e 17 podem ser adquiridos nas bilheteiras dos equipamentos geridos pel’A Oficina, como o Centro Cultural Vila Flor, a Casa da Memória de Guimarães, o Centro Internacional das Artes José de Guimarães ou a Loja Oficina, bem como nas lojas Fnac, Worten e El Corte Inglés ou online em www.aoficina.pt e www.westwaylab.com, onde é possível conhecer todo o programa em detalhe. Os registos para assistir virtualmente às conferências profissionais incluem o acesso aos concertos e podem ser realizados em www.accelevents.com/e/WestwayLAB2020DigitalMusicDays#Agenda, sítio onde é possível consultar o programa completo de conferências.
De relevar a possibilidade de acompanhar a transmissão audiovisual de concertos nas redes sociais do Westway LAB, oferecendo assim a possibilidade a um público mais alargado assistir aos mesmos, esbatendo-se a limitação da lotação de segurança determinada. E de salientar ainda o compromisso da organização quanto ao cumprimento de todas as atuais normas de segurança da Direção Geral da Saúde, de modo a garantir a salvaguarda da saúde e segurança de todos os intervenientes como principal prioridade.
Em 2020, a demonstração do talento e a partilha do conhecimento (profissional) prosseguem inevitavelmente neste novo contexto, em novos caminhos, onde o encontro se faz no espaço territorial e virtual, uma combinação de formas que veio para ficar. Até porque a criação musical não pode esperar.
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