Guimarães reforça dimensão cultural com um congresso ousado mas essencial
Arrancou esta quinta-feira o Congresso Internacional “A Morte: Leituras da Humana Condição”. Até sábado estão previstas mais de uma centena de comunicações.
Guimarães arriscou ao receber o I Congresso Internacional “A Morte: Leituras da Humana Condição”, organizado pelo Instituto de Estudos Avançados em Catolicismo & Globalização (IEAC-GO), em parceria com a Câmara Municipal. Mas os elogios multiplicam-se pela adesão dos congressistas. Na sessão de abertura, que decorreu esta quinta-feira, 21 de fevereiro, Domingos Bragança destacou que “Guimarães reforça a sua dimensão cultural pelo tema da condição humana - a sua finitude, a sua mortalidade”.
O Presidente da Câmara Municipal considerou que “a consciência da nossa condição de mortalidade, mas única no universo conhecido, fazem do caminho que escolhemos a afirmação do nosso deslumbramento, mas também de viver com sabedoria e compaixão, para que o presente e o futuro da humanidade seja cada vez melhor e assumamos a morte com serenidade e quietude, resultado de uma vida bem realizada”, na expetativa de um congresso com “muitas ideias” e um “amplo debate” entre os participantes.
O Arcebispo Primaz de Braga, D. Jorge Ortiga, elogiou a “coragem” para “enfrentar as realidades humanas” e vincou que é importante “trazer o discurso da morte para a nossa linguagem” no sentido de “ajudar a desmistificar esta realidade” pois adverte “é algo de humano e não pode ser tabu”.
Dentro do mesmo contexto, o Presidente da Comissão Científica, Paulo Alves, sublinhou que “falar da morte é apontar à essência da condição humana” e classificou quatro dimensões do programa que se estende no Centro Cultural Vila Flor: dimensão da universalidade, pluralidade, cientificidade e dimensão da fé.
A Presidente da Comissão Organizadora, Eugénia Magalhães, elogiou a parceria com a Câmara Municipal de Guimarães pela forma como abraçou a realização de um evento “ousado”, “mas essencial”, e salientou que a escolha de Guimarães se deveu ao objetivo de descentralizar de Lisboa e começar pela cidade “onde nasceu Portugal”.
Neste primeiro dia destaque para a intervenção do humorista Ricardo Araújo Pereira e Sofia Reimão, além da discussão à volta da comunicação social. “A decisão jornalística: Quando a morte (não) é notícia”.
Na sexta-feira, 22 de fevereiro, o programa inicia às 09h00 com a intervenção de Luciano Manicardi (Monastero di Bose, Italia), e ainda de Eduardo Carqueja (Centro Hospitalar Universitário de S. João) numa abordagem ao “Luto: Um processo dinâmico”. À noite, pelas 21h30, está previsto o Concerto Missa Brevis com João Gil, Luís Represas e Manuel Rebelo, no grande auditório do Centro Cultural Vila Flor.
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