Maior inventário de doces portugueses lançado em Guimarães
Guia é também uma enciclopédia que mostra as mãos habilidosas dos doceiros que preservam tradições. Tortas de Guimarães e Toucinho do Céu fazem parte do retrato único da atual realidade doceira de Portugal.
O lançamento do primeiro de cinco volumes do maior inventário de doces portugueses, uma obra com o apoio da Câmara Municipal de Guimarães, decorreu no Museu de Alberto Sampaio. A edição retrata as atuais especialidades doceiras de cada concelho nortenho, num total de mais de 150 doces, com um estudo bibliográfico que acompanha a informação recolhida no terreno por Cristina Castro, onde estão 148 fotografias de Gonçalo Barriga e 8 ilustrações da autoria de Ana Gil.
De origem popular ou conventual, antigos ou recentes, famosos ou pouco conhecidos, os doces incluídos no livro traduzem uma investigação em busca das suas origens, das histórias de quem os faz e dos locais onde prová-los. «O melhor guia para adoçar as nossas viagens», considera Isabel Fernandes, diretora do Museu e do Paço dos Duques, que apresentou a publicação composta por 312 páginas, que retratam 200 produtores de 60 concelhos do Norte, seguindo-se agora as edições Centro Norte, Centro Sul, Sul e Ilhas.
«Este livro, que é seguramente uma mais-valia para o nosso território, demonstra que os doces têm alma e que fazem parte do nosso património e da nossa cultura», referiu, em representação da Câmara Municipal, o vereador José Bastos, que enalteceu a «paixão e a harmonia» colocadas neste trabalho. «Procurei receitas originais que usassem produtos locais», justificou a autora, considerando que «um inventário deste género nunca está completo». «Provei os doces todos, mas não deu para engordar, porque também andei muito», disse, entre sorrisos.
A coleção “A Doçaria Portuguesa”, composta por cinco volumes, visa facultar ao público o mais abrangente inventário da doçaria portuguesa contemporânea. A investigação é desenvolvida por Cristina Castro, responsável pelo projeto “No Ponto” (noponto.pt), em parceria com uma equipa multidisciplinar e com a orientação do gastrónomo Virgílio Nogueiro Gomes e da historiadora Isabel Fernandes. «Ficaremos com o melhor inventário que, seguramente, alguma vez foi efetuado para esta atividade tão poética como são os nossos doces», escreveu no prefácio do livro o conhecido cronista, que irá apresentar a obra em Lisboa esta quarta-feira, 16 de novembro, na Escola de Turismo de Portugal.
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