“Centro Ciência Viva de Guimarães - Curtir Ciência” inaugurado esta quinta-feira, 17 de dezembro

“Curtir Ciência”, uma alusão direta à tradição dos curtumes, ocupa o espaço da antiga Fábrica Âncora, em frente à Loja dos Registos, em Couros. Edifício tem cerca de duas dezenas de módulos de sete áreas do conhecimento.
Depois de superado o desafio de transformar uma antiga fábrica de curtumes, o Centro Ciência Viva de Guimarães - Curtir Ciência abre portas esta quinta-feira, 17 de dezembro, às 15 horas. Na cerimónia de inauguração estará presente a Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Maria Fernanda Rollo.
“Curtir Ciência” ocupa o espaço da emblemática Fábrica Âncora, na zona histórica de Couros. Quase duas dezenas de módulos nas áreas da Robótica, Eletrónica e Instrumentação, Realidades Virtuais, Engenharia, Reciclagem, Arqueologia e História irão guiar visitantes de todas as idades numa viagem vibrante pelo conhecimento.
Este será o 20º Centro a integrar a Rede Ciência Viva e vem dar uma segunda vida a um ícone da tipologia construtiva de Couros. Num edifício que é um marco da arquitetura pré-industrial, nasce agora um moderno centro de ciência e tecnologia, com exposições interativas e uma programação intensa para crianças e adultos.
Este projeto, que representa um novo fôlego de conhecimento na Cidade-Berço, é uma parceria entre a Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, a Câmara Municipal de Guimarães e a Universidade do Minho.
Edifício com história devolvido às pessoas
A antiga Fábrica Âncora apresenta-se como um ícone da tipologia construtiva de Couros, sendo um edifício de referência. Em 1269, foi constituída em Guimarães a Confraria de Sapataris, que terá estado na origem, em 1315, da Irmandade de S. Crispim e S. Crispiniano, fundada pelos mestres sapateiros João Baião e Pero Baião, que dotaram logo a instituição de uma fonte de rendimento ao legarem uma poça de curtumes na Rua de Couros, com sete pias de pedra.
A zona foi densamente povoada, tendo outrora faltado muitas vezes casas para as famílias operárias. A importância que então ostentava a atividade dos curtumes persiste ainda hoje em manifestações culturais vimaranenses. É o caso da peregrinação anual à Penha, uma das maiores celebrações religiosas do concelho que teve origem numa iniciativa de curtidores e surradores.
O Centro Ciência Viva de Guimarães, com um valor de investimento elegível aprovado de €614.978,25, teve uma comparticipação financeira aprovada de €522.731,51, equivalente a uma taxa de comparticipação de 85% (FEDER), no âmbito do PO Norte, resultantes das disposições regulamentares comunitárias (Regulamento CE n.º 1083/2006 e 1828/2006) e das normas e especificações técnicas instituídas pela Autoridade de Gestão em vigor à data da sua aprovação.
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