Guimarães recebe durante três dias Mostra de Teatro de Amadores 2016
Peças vencedoras do Concurso de Apoio à Criação Teatral 2016 sobem ao palco do Centro Cultural Vila Flor nos dias 20, 21 e 22 de outubro. Aniversário de Raul Brandão encerra festival.
O Pequeno Auditório do Centro Cultural Vila Flor acolhe, de quinta-feira a sábado, de 20 a 22 de outubro, as apresentações dos projetos do concurso de apoio à criação teatral para os grupos de teatro de amadores do concelho de Guimarães. As sessões decorrem às 22 horas e pelo palco vão passar os grupos Astronauta - Associação Cultural, Citânia - Associação Juvenil e Teatro de Ensaio Raul Brandão.
Realizado anualmente, o concurso de apoio à criação teatral para os grupos de teatro de amadores do concelho de Guimarães tem como objetivos promover a criação, a divulgação e o desenvolvimento de obras da dramaturgia de todas as épocas, apoiar a atividade dos grupos de teatro de amadores do concelho de Guimarães e fomentar o gosto pela fruição e prática artística na área do teatro.
Ao longo de três dias, os projetos vencedores da edição de 2016 sobem ao palco do CCVF para se darem a conhecer ao grande público. Em cena vão estar as peças “Prec no Prato!”, da Astronauta - Associação Cultural (20 de outubro), “Para o comboio da meia-noite”, da Citânia - Associação Juvenil (21 de outubro), e “Húmus”, do Teatro de Ensaio Raul Brandão (22 de outubro).
Do “Prec” ao Húmus
A primeira peça a passar pelo Pequeno Auditório do CCVF é “Prec no Prato!”, da Astronauta - Associação Cultural. Num espetáculo a dois tempos e com a cena separada entre os episódios de 1976 e o reencontro de 2016, o público será convidado a emergir nas memórias da Revolução, do PREC e dos primeiros passos da democracia portuguesa, numa altura em que a política é ainda a essência de todas as conversas.
No segundo dia, a Citânia - Associação Juvenil apresenta “Para o comboio da meia-noite”, um espetáculo visual que integra extratos da obra “Diálogos de Refugiados”, de Bertolt Brecht. Um livro pouco conhecido, escrito durante a II Guerra Mundial, que apenas se encontra disponível em duas línguas. A estes extratos, o encenador Bruno Laborinho mistura uma dramaturgia original, criando um paralelismo arrepiante entre o ambiente político e sociocultural descrito por Brecht e o atual.
A edição deste ano termina com “Húmus”, do Teatro de Ensaio Raul Brandão, no ano que antecede a celebração dos 150 anos sobre o nascimento do escritor. “Húmus” é um passar do tempo numa vila imóvel, sempre em mudança inerte. O palco será transformado nessa vila e nos espaços íntimos que a habitam. O trabalho cénico, bem ao estilo de Brandão, é povoado apenas por esses corpos na procura do devir, na procura de um sentimento de saciação da vida e por elementos que os ajudem na relação com o tempo.
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