Importância das políticas locais na concretização dos Direitos Universais das crianças debatida em conferência

Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, abriu, na manhã desta quarta-feira, 25 de outubro, no auditório do Teatro Jordão, a conferência “A importância das Políticas Locais na concretização dos Direitos Universais”, uma organização da UNICEF Portugal, com o apoio do Município de Guimarães.

“Se há tema atual e emergente, numa altura em que vários conflitos armados se desenrolam no mundo, ele é a discussão dos direitos das crianças, de todas elas, independentemente do local onde vivem”, começou por dizer o presidente da Câmara. O trabalho das autarquias, segundo o edil, é importante para que, através do seu exemplo, os valores do respeito pelas crianças e da defesa dos seus direitos possam ser transmitidos a todo o mundo. “Guimarães tem trabalhado com a UNICEF para que as políticas públicas locais possam ir de encontro à urgente necessidade de olhar para as crianças como cidadãos de plenos direitos. São eles que, no futuro, vão promover a Paz, local, nacional e mundialmente”, referiu.

Para Domingos Bragança, as políticas públicas devem responder aos diversos ambientes em que a criança se movimenta, o escolar, o familiar e o comunitário. Lembrou ainda que o mais difícil não é perceber o que é exteriorizado, mas sim o que não é dito. “Estar atento aos sinais que não são verbalizados é muito importante, pois são esses muitas vezes os sinais mais preocupantes, que são silenciados e, por isso, podem passar despercebidos”, disse. Proporcionar um espaço de liberdade e oportunidades, e fomentar a participação cívica das crianças e dos jovens é, segundo o presidente da Câmara, uma responsabilidade das políticas públicas, pelo que, mais importante do que os conceitos, é a sua materialização.

Beatriz Imperatori, diretora executiva da UNICEF Portugal, agradeceu à Câmara Municipal de Guimarães pelo apoio na realização do evento e pelo exemplo que tem sido na defesa dos direitos das crianças. Para Beatriz Imperatori, numa altura de instabilidade e de incerteza no mundo, temos o dever de manter os valores que são cultivados em Portugal, de benevolência no acolhimento dos que nos procuram, e de democracia, e lembrou que a crianças é um cidadão com direito próprio.