Protocolo de Colaboração para a criação de um HUB de Saúde em Guimarães celebrado durante o Conselho Consultivo da Economia
O IX Conselho Consultivo para o Investimento e Emprego em Guimarães realizou-se esta terça-feira, 20 de fevereiro, no Centro Cultural Vila Flor.
No final da tarde desta terça-feira, 20 de fevereiro, no Centro Cultural Vila Flor, teve lugar a nona edição do Conselho Consultivo para o Investimento e Emprego de Guimarães, que contou com a presença de vários empresários, académicos, e responsáveis de centros de investigação e desenvolvimento, e que teve como momento alto a assinatura de um protocolo de colaboração para a criação de um HUB de saúde em Guimarães.
A abrir o Conselho Consultivo, Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal, salientou a importância da reunião para fortalecer a colaboração entre as empresas vimaranenses e os centros de investigação e desenvolvimento do território, sobretudo os que resultam do trabalho que a Escola de Engenharia da UMinho tem vindo a desenvolver em Guimarães. A criação de uma economia e de um tecido industrial de base tecnológica, que criem valor acrescentado, é um dos objetivos do edil, que vê a introdução do conhecimento nas empresas e a progressão incremental do valor dos seus produtos e serviços como fundamental.
Domingos Bragança afirmou ser também fundamental a diversificação setorial, nomeadamente na indústria da saúde e do espaço e acredita que através da revolução tecnológica em curso, que hoje não prescinde da robótica, da Inteligência Artificial, da energia verde ou dos novos materiais, a economia de Guimarães se consolidará e se desenvolverá.
Seguidamente, Pedro Arezes, presidente da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, fez uma apresentação das áreas em que a instituição está empenhada em intervir para a criação do que considera um "ecossistema empreendedor emergente". Tecnologias Sustentáveis, Indústria 5.0, IA, Robótica, Manufatura Aditiva, Informática, Saúde e Bem-Estar, Educação e Formação são áreas que Pedro Arezes considera nucleares e que permitem uma cultura de inovação, interdisciplinaridade, parcerias com a indústria, espírito empreendedor e aprendizagem prática.
Raul Fangueiro, vice-presidente da EEUM, e presidente da Direção da Fibrenamics, fez uma apresentação da instituição a que preside, um Instituto de Inovação em Materiais Fibrosos e Compósitos que é uma Interface da Universidade do Minho, sendo reconhecida pela ANI – Agência Nacional de Inovação como um CTI – Centro de Tecnologia e Inovação.
Após um período para questões e discussão de ideias, seguiu-se a intervenção de Rui Vieira de Castro, reitor da UMinho, que incidiu nas novas formas de relacionamento da Universidade com a sociedade, nomeadamente nas que permitem a consolidação de uma universidade sem muros, capaz de se abrir e de se deixar contaminar por novas ideias e novos olhares sobre a realidade.
No final, interveio Pedro Cunha, presidente da Unidade Local de Saúde do Alto Ave, que apresentou as ideias subjacentes à realização do denominado Protocolo de Colaboração para o Desenvolvimento da Saúde, Tecnologias da Saúde, Investigação Clínica e Translação e que resumiu os objetivos do trabalho que se pretende implementar com a ULS: promover momentos de transição que conduzam à inovação no Serviço Nacional de Saúde; impulsionar a mudança societária; criar condições para a excelência dos serviços de saúde; desenvolver a investigação e o desenvolvimento e garantir a classificação da ULS como Universitária.
São objetivos do protocolo a Translação do Conhecimento, a Transformação Digital das instituições e o desenvolvimento sustentado do tecido empresarial assente em soluções de I&D racionais. Ainda o desenvolvimento de iniciativas de conhecimento estruturado da população e das suas necessidades, bem como das instituições e das suas carências funcionais, através da utilização de estratégias de análise de Big Data e da aplicação de estratégias de Inteligência Artificial, que permitirão uma melhoria contínua dos serviços prestados ao cidadão e uma adequação da oferta de produtos e de estratégias de Saúde Pública.
Antes da assinatura do protocolo, Domingos Bragança enfatizou a importância da criação de um HUB de saúde, capaz de aproveitar a investigação existente nos centros de saber, nomeadamente no I3Bs, sediado no Avepark, para a diversificação e robustecimento da economia vimaranense. Assinaram o protocolo as seguintes entidades: Município de Guimarães, Unidade Local de Saúde do Alto Ave, Universidade do Minho, Expertissues - European Institute of Excellence on Tissue Engineering and Regenerative Medicine, A4TEC - Association for the Advancement of Tissue Engineering and Cell based Technologies & Therapies, PtCRIN - Rede Portuguesa de Infraestruturas de Investigação Clínica, Hydrumedical, Stemmatters, Biotecnologia e Medicina Regenerativa, S.A., José Júlio Jordão, Lda, Mundifios, S.A., AMF Safety Shoes, Lda, Lameirinho, Indústria Têxtil, S.A., José Neves & CIA. Lda, Sebastião & Martins, S.A., Têxteis J.F. Almeida, S.A., Vizelpas, Flexible films S.A., Soguima, S.A., J.O.M. Lda, Kyaia – Fortunato O. Frederico & Cª., Lda, Lasa - Armando da Silva Antunes, Petrotec - Inovação e Indústria, S.A.
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