Peça de teatro com mensagem ambiental percorre de autocarro todas as escolas de Guimarães
Assistir a uma peça teatral a bordo de um autocarro não acontece todos os dias, mas é uma probabilidade muito forte em Guimarães. Um palco sobre rodas leva teatro e ambiente a todo o concelho. E está já na estrada.
Um universo superior a oito mil crianças que frequentam 82 estabelecimentos de ensino do concelho de Guimarães vai assistir à peça de teatro “A Viagem”, uma representação com uma mensagem ambiental pedagógica, que decorre no interior de um autocarro que percorrerá todas as escolas vimaranenses, com apresentações a todos os alunos do ensino básico até ao final do próximo ano letivo.
A realização da primeira sessão no Teatro Bus, exemplo de capacidade de inovação, deixou surpreendidos os membros do Comité Externo de Aconselhamento da candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia, que assistiram à peça no interior do veículo, ao lado dos alunos da Escola de São Roque, na freguesia da Costa. Durante trinta minutos, três atores da companhia vimaranense Teatro Oficina convidaram os passageiros a conhecer diferentes “acidentes” que o ser humano provoca no seu meio ambiente.
«Qualquer mudança de paradigma ou alteração daquilo que é o estatuto de uma cidade em termos de desenvolvimento implica tempo! O que queremos é transmitir essa mensagem às crianças e aos jovens de Guimarães. Neste caso, a peça fá-lo de uma forma divertida, pedagógica e muito interativa, passando uma mensagem de sensibilização e de conhecimento de todo este processo», refere Amadeu Portilha, Vice-Presidente com competências delegadas na área do Ambiente. A opinião foi partilhada por Manuel Oliveira, Presidente da ARRIVA Portugal. «As crianças aderem e ficam envolvidas. A peça fica-lhes na memória e vão adotar uma atitude mais verde, como todos nós devemos começar a ter em cada gesto que fazemos».
“Veículo” de sensibilização ambiental
A coordenação teatral do projeto está a cargo da Oficina e o seu diretor artístico, Marcos Barbosa, confessa-se um entusiasta da inovação, com um autocarro a ser adaptado para a função de um palco ambulante, onde nada foi deixado ao acaso, desde o som à decoração interior. «Procuramos criar uma história divertida, com interação, sem ser demasiado explicativa», um texto intuitivo e de fácil perceção para as crianças, até porque, como disse, «também se aprende a brincar».
«As crianças acharam que iam a qualquer lado participar numa visita de estudo e foram surpreendidas! Estavam interessadíssimas e gostaram muito, porque este é um tema que, de facto, tem de ser pensado seriamente», considerou a Coordenadora da Escola de São Roque. Perguntaram se podiam repetir! O que lhes chamou a atenção foi a forma como lhes transmitiram a mensagem!», pormenorizou Ofélia Ribeiro.
No final da peça teatral, os membros do Comité Externo de Aconselhamento da candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia foram conhecer as minas de água da Penha, bem como as instalações da Vimágua, situadas bem perto da Escola de São Roque.
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