Música de Pedro Emanuel Pereira e Surdina de Rodrigo Areias nos Jardins do CCVF
Concerto de Pedro Emanuel Pereira (19h00) e exibição do novo filme de Rodrigo Arerias, "Surdina", às 21h45.
As notas e a mestria do piano de Pedro Emanuel Pereira convidam-nos a abrir a ‘Lufada’ nesta sua última sexta-feira (10 julho), às 19h00, no Pátio do CCVF. Entregue às teclas do piano desde os cinco anos de idade, altura em que estava longe de saber o que seria o seu brilhante futuro profissional, o vimaranense Pedro Emanuel Pereira é hoje considerado um dos mais proeminentes pianistas da sua geração, apresentando-se com a sua própria arte e visão do mundo, moldada pela jornada de sucesso que tem acompanhado a sua carreira na música erudita. A partir da sua abordagem num instrumento orquestral que venera, é através das teclas de um piano que personifica vivências, histórias e a cultura musical portuguesa, que se ouve a partir da brilhante poesia e dos diferentes estilos que explora. Graduado com distinção honorável pelo Conservatório de Moscovo e pelo Conservatório de Amesterdão, Pedro Emanuel Pereira foi vencedor de inúmeras competições internacionais de piano. Após o sucesso do seu primeiro disco Russian Journey, dedicado a obras dos compositores russos Sergei Rachmaninov e Sergei Prokofiev, o pianista apresenta-nos pela primeira vez o seu lado mais íntimo e recôndito, num disco dedicado em exclusivo a obras originais da sua autoria. Já no álbum Sons da Minha Terra, Pedro Emanuel Pereira explora com singular perícia a relação entre a improvisação e a composição, numa nova abordagem que incorpora reminiscências da música tradicional portuguesa aliada à música de tradição erudita e clássica. Deste modo, Sons da Minha Terra revela um modo de compor e improvisar diferente, com outros motivos, outras influências, e outros caminhos, aqui partilhados neste fim de tarde, em comunhão e em segurança, no Centro Cultural Vila Flor.
Um pouco mais tarde, pelas 21h45, todos os olhos se viram para a tela nos convidativos jardins logo ali ao lado. E a postos nessa tela estará à nossa espera Surdina, o filme-concerto de Rodrigo Areias (cineasta nascido em Guimarães) com música ao vivo de Tó Trips (reconhecido membro da dupla Dead Combo), aqui apresentado em colaboração com o Cineclube de Guimarães. Surdina, uma tragicomédia minhota sobre um viúvo vimaranense que recebe a notícia do aparecimento da sua falecida mulher, é uma história sobre a delicadeza de se ser velho, do que resta ainda para sonhar e para amar. Totalmente rodado em Guimarães, o filme foi escrito por Valter Hugo Mãe, aproveitando a feliz coincidência de o escritor e o realizador serem ambos de origem vimaranense. Surdina teve a sua primeira aparição na 43ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, no Brasil, e a estreia em Portugal esteve programada para o último mês de abril no âmbito da 7ª edição do Westway LAB – Festival, Conferência, Criação – evento que atrai anualmente o universo da música para Guimarães e que este ano foi deslocado para novas datas (14, 15, 16 e 17 de outubro) motivadas pelo contexto de pandemia que atravessamos. Agora, e após a antestreia nacional no início de junho, no Cinema Trindade, o Jardim do CCVF recebe a exibição do filme, que contará com a interpretação ao vivo da música instigante de Tó Trips.
De lembrar ainda que a ‘Lufada’ é também acompanhada em permanência por uma oferta de visitas orientadas e oficinas artísticas promovidas pelo serviço de Educação e Mediação Cultural d’A Oficina até ao final deste mês de julho. Neste período, é possível realizar Visitas Orientadas às exposições patentes na Casa da Memória, no Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) e no Palácio Vila Flor, bem como Oficinas de artes plásticas (‘Viagem ao Oriente’) e visuais (‘A Escala da Fronteira’), de tapeçaria (‘Um Tapete e o que Mais?’) e fotografia (‘Memórias Reveladas’) a decorrer preferencialmente no exterior. Estas atividades são igualmente gratuitas e realizadas por marcação prévia obrigatória com, pelo menos, 5 dias de antecedência, através de telefone 253 424 716 ou e-mail mediacaocultural@aoficina.pt. Para marcações para grupos com mais de 7 pessoas, é aconselhado contactar através do mesmo e-mail para serem definidas alternativas.
Sempre com a segurança como prioridade, os espetáculos e atividades deste programa são de entrada gratuita, por ordem de chegada. A lotação é limitada e a abertura ao público acontece meia hora antes do início dos espetáculos. Existe ainda a possibilidade de acompanhar a transmissão audiovisual dos concertos em direto nas respetivas redes sociais da cooperativa cultural A Oficina, oferecendo assim a oportunidade para um público mais alargado assistir aos mesmos, contornando os limites da lotação de segurança determinada para cada uma das apresentações.