Domingos Bragança presente na Conferência “Inteligência Artificial – Qual o impacto no seu negócio?”

Ao início da tarde de hoje, quarta-feira, 4 de dezembro, decorreu a sessão de abertura da conferência “Inteligência Artificial – Qual o impacto no seu negócio?”, uma iniciativa da Academia de PME do IAPMEI e da Associação Portuguesa Para a Inteligência Artificial (APPIA), em parceria com a Câmara Municipal de Guimarães. O Presidente da Câmara Municipal de Guimarães marcou presença no evento, integrando o conjunto de intervenientes protocolares que, além de Domingos Bragança, foi composto por Pedro Arezes, presidente da Escolha de Engenharia da Universidade do Minho, e pelo Secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Correia Neves.

Dirigindo-se aos presentes, Domingos Bragança agradeceu à organização o facto de ter escolhido Guimarães para palco da conferência, ao mesmo tempo que justificava a escolha pelo facto de Guimarães estar empenhada em ser uma cidade que aposta na ciência dos dados, na transformação digital e na inteligência artificial como forma de responder aos desafios do presente e do futuro. Exemplo deste comprometimento é o programa I9G, da Câmara Municipal de Guimarães, que visa promover a transferência de conhecimento dos centros de investigação para as empresas. “Estamos em plena 4ª revolução industrial, e já a projetar o passo seguinte, e, enquanto gestores do território, devemos ser capazes de antecipar os possíveis cenários que se nos deparem. Para tal, poderes públicos e produtores de conhecimento, como é o caso da comunidade educativa e dos centros de investigação, devem estabelecer parcerias que promovam a transformação digital”, sublinhou. O mesmo modelo de parcerias, segundo o Presidente da Câmara, deve ser aplicado com as empresas, para que os seus processos produtivos e organizacionais, bem como os modelos de negócio, possam beneficiar do know-how produzido na investigação, sobretudo quando a Escola de Engenharia da Universidade do Minho é referenciada como uma das melhoras da Europa. “Temos a consciência de que no território do Quadrilátero Urbano, a que Guimarães pertence, existem bons exemplos de como a inteligência artificial ajuda na antecipação de problemas, como é o caso da Bosch. Gostaríamos que as indústrias chamadas tradicionais pudessem usufruir das mesmas possibilidades, pelo que deixamos o desafio às instituições presentes”, concluiu.

Pedro Arezes, da Escolha de Engenharia da Universidade do Minho, referiu a oportunidade única de se trabalhar em áreas novas e realçou a vontade da Câmara Municipal de Guimarães em capacitar o tecido empresarial da região. Lembrou ainda o laboratório colaborativo a funcionar na Escola de Engenharia, o DTX, dedicado a projetos de transformação digital.

João Correia Neves, Secretário de Estado, escolheu como tema central as mudanças que são necessárias promover no modelo de negócios. Partindo de uma análise centrada nas dinâmicas e nos desafios da economia concorrencial e competitiva, e apontando o ambiente complexo que o Brexit e a guerras comerciais EUA/China provocam na atualidade, o Secretário de Estado afirmou ser imperativo olhar de forma diferente para os mercados, transformando a nossa organização industrial e promovendo a interligação entre conhecimento e atividade empresarial. “Devemos estar atentos às necessidades do mercado e saber cruzar mais vezes os caminhos das empresas e dos centros de investigação e desenvolvimento”, frisou. Para João Correia Neves, as redes de conhecimento e a qualificação e requalificação de Recursos Humanos são dois pontos chave para uma nova atitude do tecido empresarial. “A transformação digital é decisiva, sobretudo quando se nos colocam problemas demográficos sérios, mas temos que saber implementá-la tendo em atenção possíveis fenómenos de exclusão provocados pelas novas tecnologias”, concluiu.