Três anos de IMPACTA apresentado ao detalhe no Teatro Jordão com um investimento de quase um milhão e meio de euros
Município de Guimarães concebeu uma sessão de auscultação e apreciação do programa de apoio financeiro às artes no território com a presença de vários artistas e associações locais
Artistas, agentes culturais e associações do setor artístico marcaram presença em mais uma sessão de esclarecimento do programa que já investiu nas artes em Guimarães quase um milhão e meio de euros em apenas três anos de atividade, isto sem contar com projetos anuais que saltaram para fora da esfera deste apoio. Paulo Lopes Silva, vereador com o pelouro da cultura na autarquia vimaranense, agradeceu a presença dos cerca de 50 autores e coletivos no Teatro Jordão, neste sábado, 25 de fevereiro, que manifestaram, de forma construtiva, os vários pontos deste processo de candidaturas ao apoio municipal.
Esta sessão serviu para mostrar o reforço que este programa compõe em relação ao anterior RMECARH, com novas linhas de apoio, monitorização de projetos artísticos, uniformização de procedimentos e a modernização do processo das candidaturas que se encontra em vigor desde 2020. Desde março desse ano até ao presente processo em curso, o Município de Guimarães atribuiu 1 463 756,04€ em apoios, sempre distribuídos a cada semestre, com a ressalva de um dos bolos financeiros ser menor do que esperado devido às contingências provocadas pela pandemia de covid-19.
Após a apresentação dos resultados dos últimos anos, a sessão contou ainda com um pequeno debate entre público e uma mesa composta por Paulo Lopes Silva, vereador da cultura, Rodrigo Areias, cineasta e um dos jurados do programa IMPACTA, Manuel Gama, responsável pelo desenvolvimento do Plano Estratégico Municipal para a Cultura, e Carlos Lobo, um dos criadores artísticos locais que já beneficiou deste investimento municipal com uma curta metragem que chegou a rodar na Berlinale, Festival Internacional de Cinema de Berlim.
O Município tem trabalhado com o intuito de estreitar relações com os projetos candidatos, apresentando os resultados de forma mais personalizada com observações dos parâmetros que podem ser melhorados numa próxima candidatura. Paulo Lopes Silva salientou também o grande volume de cartas de apoio e de interesse do Município escritas a projetos locais que procuram agora apoios nacionais e internacionais, complementando assim o processo desenvolvido através do programa IMPACTA.
Manuel Gama e Rodrigo Areias mostraram-se agradados com a evolução do programa e também das candidaturas apresentadas, onde frisam que "esta ferramenta dá uma melhor noção aos artistas e associações locais da visão dos concursos nacionais e internacionais". O responsável pelo Plano Estratégico Municipal para a Cultura afirma mesmo que em Portugal não existem muitos programas semelhantes ao IMPACTA que apresentem um júri independente e fora da esfera política.
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