Guimarães com elevador panorâmico nas visitas públicas à Torre de Alfândega
Pessoas com mobilidade reduzida também vão poder visitar um dos símbolos da identidade de Guimarães e do país. Proposta será submetida a apoios comunitários. Candidatura vimaranense integra quatro projetos: Torre de Alfândega, Muralha de Guimarães, Casa da Rua Nova e o projeto Hereditas.
A Torre de Alfândega, associada à fundação da nacionalidade, com a afixação nas suas pedras da inscrição “Aqui Nasceu Portugal”, terá uma utilização pública com uma exposição e uma explicação detalhada do que consiste a muralha de Guimarães, bem como as suas torres defensivas, podendo ser visitável por pessoas com mobilidade reduzida através de um elevador panorâmico que permitirá uma leitura diferente do interior da torre e que será colocado a partir da Rua do Anjo, de onde será efetuado o acesso público.
A proposta contempla a visualização e fruição interior dos seus muros em granito, garantindo a acessibilidade ao interior da torre até ao último piso (terraço) no qual se detém a vista sobre a Alameda de S. Dâmaso, Largo do Toural, rua do Anjo, Castelo, Paço dos Duques e restante edificado envolvente, podendo ainda observar-se as suas coberturas e texturas diferenciadas. «Este projeto reforça e qualifica a dimensão turística de Guimarães», considera José Bastos, Vereador do Município com competências delegadas nas áreas da Cultura, Turismo e Centro Histórico.
O edifício que se ergueu no interior do muro da torre deixará de existir e será criada uma caixa de escadas em ferro que introduz um percurso ao longo dos pisos e permitirá uma interpretação diferenciada, piso a piso, do património construído. Os materiais utlizados interiormente terão a mesma linguagem e materiais previstos para o percurso pedonal no adarve, no tramo da Muralha de Guimarães, cuja intervenção será visitável através de um passadiço ao longo da Avenida Alberto Sampaio.
Estes dois projetos, já com parecer favorável da DGPC - Direção Geral do Património Cultural, serão candidatados ao programa comunitário Portugal 2020 - Património Cultural, conjuntamente com a Casa da Rua Nova e o projeto “Hereditas - Inventário do Património de Guimarães”, que reunirá todo o património do concelho com o objetivo de disponibilizar publicamente toda a informação sobre os recursos existentes. A Casa da Rua Nova, por sua vez, será um Centro Interpretativo do Centro Histórico onde as pessoas poderão conhecer as metodologias e técnicas adotadas na sua reconstrução, que o tornam numa referência de boas práticas ao nível da reabilitação.
Rua do Anjo será reabilitada
O edifício contíguo à fachada do edifício da rua do Anjo, que permite o acesso à torre, deixará de estar em ruína. Esta parcela de terreno tem a particularidade de conter no seu limite posterior um pano da muralha, onde são claramente visíveis as ameias, dado que esta construção encostava ao pano da muralha. O troço constitui simultaneamente a fachada posterior do edifício voltado para a rua do Anjo e a fachada posterior do edifício voltado para a Alameda de S. Dâmaso.
Com o projeto já concluído para a Torre de Alfândega, apresenta-se uma solução para o muro da muralha, que será caiado até às ameias, enquanto das ameias até à cota do piso térreo será mantida a leitura da pedra existente. Este troço da muralha passará ainda a ter visibilidade desde as escadas da rua do Anjo, que será igualmente reabilitada pela Câmara Municipal, com a adoção de materiais e texturas características do Centro Histórico de Guimarães, conferindo mais dignidade ao espaço de acesso à Torre da Alfândega.
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