Domingos Bragança foi um dos convidados de “Trílogos da Fundação Mestre Casais”
O evento, que se realizou na Pousada de Santa Marinha da Costa, destinou-se a debater o investimento estrangeiro sustentável.
Na noite desta segunda-feira, 11 de abril, na Pousada de Santa Marinha da Costa, teve lugar o evento “Trílogos da Fundação Mestre Casais”, dedicado ao tema do “Investimento Estrangeiro Sustentável. O jantar/debate contou com a participação de vários empresários do concelho de Guimarães que tiveram a oportunidade de participar numa conversa que visou lançar caminhos para o futuro empresarial regional. Na mesa do debate, moderado por José Mendes, CEO da Fundação Mestre Casais, estiveram como convidados Domingos Bragança, Presidente da Câmara, e João Dias, administrador da AICEP.
José Mendes introduziu o tema do conhecimento e da sustentabilidade como fatores de desenvolvimento do ecossistema empresarial regional, concretamente no concelho de Guimarães, um dos mais investidores do país, e em especial o tema da transferência de conhecimento do sistema científico e tecnológico para as empresas.
Domingos Bragança, Presidente da Câmara, enfatizou o percurso de Guimarães enquanto território que se desenvolve a partir das suas várias dimensões, como são a histórica, a cultural e a científica, nomeadamente na forte ligação que estabelece com as suas universidades e os seus interfaces de investigação e tecnologia. O Presidente da Câmara deu como exemplo de competitividade e diferenciação os novos cursos que entrarão em funcionamento na Escola de Engenharia da Universidade do Minho, como os de Engenharia Aeroespacial e da Ciência dos Dados, reforçando a ideia de que o desenvolvimento do território vimaranense continuará a assentar nos pilares da Educação, Ciência e Cultura. Domingos Bragança lembrou a todos os empresários que é preciso estabelecer ainda mais relações de proximidade com as instituições que desenvolvem investigação, no sentido de quebrar em definitivo a barreira que ainda existe na aplicação desse novo conhecimento.
A questão da revisão do Plano Diretor Municipal, foi ainda outra das questões levantadas por Domingos Bragança, porquanto dela dependem as condições de crescimento das empresas sediadas no concelho de Guimarães. “Precisamos de áreas de crescimento para que as empresas possam desenvolver a sua atividade com melhores condições. Precisamos de ampliar os parques industriais existentes e criar novas zonas de acolhimento industrial. Vamos ver até que nível o conseguimos, dado depender também de outras entidades, ” frisou. O Edil referiu ainda ser vontade da autarquia transformar o Gabinete de Transição Económica numa Agência de Investimento, se for considerada mais eficaz, criando para tal uma equipa de missão que possa desenvolver um trabalho ainda mais constante e de proximidade com todos os empresários e potenciais investidores.
Na sua intervenção, João Dias, administrador da AICEP, lembrou o crescimento que Portugal está a ter como destino de investimento, atraindo empresas estrangeiras do setor automóvel e das tecnologias de informação, apontando como motivo as condições de contexto, como sejam a estabilidade política, a segurança, a cultura, o património, as infraestruturas e o talento. João Dias referiu-se a Guimarães como um território com elevado potencial, dando relevo não apenas aos números do investimento, mas, acima de tudo, às ligações ao ecossistema económico local e regional que este pode aportar. “O investimento estrangeiro em Portugal tem que ser capaz de criar âncoras no território, criar emprego qualificado e ser impulsionador de novas formas de gestão”, disse. O administrado da AICEP disse que a aproximação às universidades é fundamental, pois hoje são não há setores tradicionais, mas sim competitivos.
No final da troca de ideias dos convidados, seguiu-se um período em que os empresários tiveram a oportunidade de intervir para acrescentar contributos à discussão, num ambiente também propício ao networking.
A Fundação Mestre Casais é uma instituição que contribui para a promoção da sustentabilidade humana e da sustentabilidade ambiental, através do desenvolvimento e partilha de conhecimento num processo ininterrupto de elevação da sabedoria humana, habilitando a sociedade a enfrentar os desafios futuros num propósito de preservação da harmonia e equilíbrio entre o ser humano (a sociedade), o planeta (o meio ambiente), e o desenvolvimento económico.