Guimarães cria residências artísticas nas freguesias através do “Excentricidade”
Há uma nova dinâmica no retomar do projeto de descentralização cultural. A comunidade está a ser envolvida nos projetos que se estendem por nove freguesias.
O Município de Guimarães reforça a aposta de descentralização cultural, através do projeto Excentricidade com a implementação de residências artísticas, proporcionando o envolvimento da comunidade com os artistas através de ensaios abertos e daí resultar espetáculos para a promoção dos costumes e tradições do próprio território.
O projeto Excentricidade foi criado em parceria com Juntas de Freguesia e Redes de Parceiros Locais do território vimaranense, no âmbito da descentralização cultural, e transforma-se a fim de se tornar “mais participativo”.
O Vereador da Cultura, Paulo Lopes Silva, justificou o “momento de reflexão” para implementar novas dinâmicas no relançamento deste projeto, prescindindo da regularidade dos espetáculos, mas garantindo maior valor à qualidade e quantidade. “Entendemos que era necessário chegar mais longe no trabalho que desenvolvemos no território e isso é possível envolvendo ainda mais a comunidade. Além de um espetáculo que é apresentado, queremos que fique algo mais e decidimos transformar o projeto com a criação de residências artísticas assente num trabalho profundo com a comunidade”, salientou Paulo Lopes Silva, na conferência de imprensa que decorreu esta terça-feira, no Centro Pastoral de Moreira de Cónegos.
O projeto Excentricidade está implementado nas freguesias de Barco, Brito, Caldelas, Moreira de Cónegos, Pevidém, Ponte, Ronfe, São Torcato e UF de Briteiros S. Salvador e Briteiros Santa Leocádia. Neste momento estão já a decorrer residências artísticas em Moreira de Cónegos (Verde Perto – Artista responsável: Discos de Platão/Rui Souza), Pevidém (Cartografia da Memória Têxtil, Artista responsável: Frederico Dinis), Ronfe (Teatro para Todos, Artista responsável: ETCetera Associação Artística) e UF Briteiros S. Salvador e Briteiros Santa Leocádia (processo de construção colética com a comunidade, Artista responsável: Bruno Laborinho).
Paulo Lopes Silva evidenciou, ainda, a intenção de levar os artistas ao território onde habitualmente não estão presentes, promovendo a interação no “levantamento da cultura local tradicional ou, simplesmente, fazer o levantamento de memórias, proporcionando um ensaio aberto e que resultará num espetáculo final, com várias atividades complementares e com maior cadência”. O Vereador da Cultura aposta um novo entusiasmo para “transformar um projeto mais rico e mais participado”, sublinhando que continuará a existir a programação cultural nestes espaços para dar resposta às necessidades que se verificam no território”.
Esta sessão contou com a presença dos representantes das Juntas de Freguesia que integram o projeto Excentricidade e ainda dos artistas Nuno Duarte e Alexandra Saldanha.
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