Guimarães implementa Centro de Aconselhamento e Orientação de Jovens
Centro de Aconselhamento e Orientação de Jovens (CAOJ) garante o apoio e ações de formação sobre doenças sexualmente transmissíveis.
O Centro de Aconselhamento e Orientação de Jovens (CAOJ) de Guimarães foi inaugurado esta segunda-feira, 4 de outubro, pela Fundação Portuguesa "A Comunidade Contra a SIDA" (FPCCSIDA). Este espaço garante várias respostas a toda a comunidade, no sentido de alertar para a doenças sexualmente transmissíveis, o desenvolvimento de projetos na área da promoção e educação para a saúde e sexualidade nas escolas, assim como a formação de voluntários universitários, apoio à auto-formação de professores na área da sexualidade e Sida e orientação de sessões de informação/sensibilização para pais e outros agentes educativos.
“Doenças como VIH ou sífilis continuam a existir e a aumentar na sociedade, apesar de estarem abafadas pela pandemia da Covid-19, e não podemos deixar de reforçar e dar respostas para estes problemas”, salientou Filomena Frazão de Aguiar, Presidente do Conselho de Administração e da Direção Executiva da FPCCSIDA.
O CAOJ foi criado pela Fundação Portuguesa “A Comunidade Contra a SIDA” em resposta ao alargamento de um projeto de voluntariado - Projeto GUI-BUI - nascido na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Lisboa, sendo constituído por quatro núcleos de intervenção: o Núcleo de Formação (NF), o Núcleo de Apoio e Aconselhamento (NAA), o Núcleo de Teatro de Intervenção Educativa (NTIE) e o Núcleo de Documentação e Informação (NDI).
Com o apoio da Câmara Municipal de Guimarães, este projeto está já interligado com algumas escolas do concelho (Agrupamento João de Meira, Agrupamento Francisco de Holanda, Agrupamento Santos Simões e Sec. Martins Sarmento) e ainda com o Estabelecimento Prisional de Guimarães e Centro de Acolhimento para pessoas sem abrigo em articulação com a Cruz Vermelha de Guimarães.
“Entendemos que devemos trabalhar com os nossos jovens, nas escolas, para prevenir e sensibilizar para estes problemas. Trabalhamos com os jovens universitários na vertente da formação e sensibilização, uma vez que têm a mesma forma de pensar dos jovens que estão no secundário e assim aumentar a responsabilidade de trabalhar em pirâmide no sentido de comunidade”, salientou a vice-presidente da Câmara de Guimarães. Por outro lado, Adelina Pinto evidenciou ainda a “resposta alargada” para a comunidade em geral, através do atendimento ao público em geral para consulta, aconselhamento ou realização de rastreio.
O coordenador Nacional da Educação da FPCCSIDA, Mário Pereira, sublinhou que as respostas aos problemas sociais começam a serem desenhadas nas escolas, realçando que “as mudanças devem ser feitas a nível local para a construção de um futuro melhor”. Mário Pereira vincou que “Guimarães pode ser o ponto de partida para o desenvolvimento de outros projetos na área da saúde e em parceria com instituições do ensino superior” nesta perspetiva de formação dos nossos jovens.
Assim, além das aulas de formação em curso nas escolas que aderiram a este protocolo, Guimarães passa a ter um espaço físico para atendimento à população nas antigas instalações do Cybercentro (Travessa de Vila Verde).
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