Guimarães reflete a promoção e proteção dos direitos das crianças

A CPCJ realizou esta sexta-feira o seminário internacional, alusivo ao tema “A proteção e a participação das crianças em Guimarães”. A sessão de abertura contou com as presenças de Adelina Pinto, vice-presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Fernanda Almeida, em representação da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens, e Marta Pinto, Presidente da CPCJ.

Enquanto “Cidade Amiga das Crianças” e “Cidade Educadora”, Guimarães assume que “as crianças têm de estar no topo das preocupações”. A mensagem transmitida por Adelina Pinto esbate o conceito de “preparar para o futuro”. A vice-presidente da Câmara de Guimarães alerta que é fundamental “ter crianças felizes no presente, com uma envolvente que lhe responde hoje e assim, de certeza, teremos um futuro melhor”, salientando que “temos de colocar a criança no centro e no presente, e não dizer que estamos a preparar para o futuro”.

Guimarães tem em marcha um plano de intervenção, assente no projeto ProChild, em conjunto com as universidades. “Temos um laboratório colaborativo na área social, absolutamente inovador em Portugal, para trabalhar as crianças até aos 10 anos numa luta contra a pobreza e a exclusão social. Este trabalho com as Universidades, passa por Guimarães e Lisboa (Santa Casa da Misericórdia), vai criar valor acrescentado através de soluções no âmbito da proteção, da educação, que possam ser replicadas para outras cidades e em diferentes contextos. Aqui nascem boas práticas que possam ser replicadas, na sequência de um trabalho de conhecimento e de profunda reflexão, numa perspetiva de apresentar práticas consolidadas e sustentadas cientificamente”, referiu Adelina Pinto.

Marta Pinto considerou que este é o “momento perfeito para consolidar na comunidade de Guimarães uma determinação pela promoção e proteção dos direitos das crianças, fortalecendo o diálogo, a confiança e a cooperação entre a CPCJ de Guimarães e a comunidade em favor das crianças, jovens e famílias”, resultado da discussão dos temas no seminário.

Fernanda Almeida destacou a contribuição “para a cultura de uma prevenção primária no domínio dos direitos da criança”. A representante da Comissão Nacional deu conta ainda da construção dos planos locais para a promoção dos direitos das crianças como “oportunidade de realização de autodiagnóstico nas comissões enquanto núcleos especializados em matéria de infância e juventude e promove a noção do conhecimento nas diversas perspetivas, através de exercícios que vão sendo alicerçados com uma planificação de intervenção integrada numa comunidade que cuida das suas crianças”.

A promoção e a proteção dos Direitos das Crianças, consagrados na Convenção sobre os Direitos da Criança, de 1989, serviram de mote para a partilha, reflexão e discussão entre os participantes nesta sessão que decorreu no auditório da Fraterna.