Prémio Príncipe da Beira 2017 atribuído à investigadora Sílvia Vieira
Reconhecimento do trabalho de plataformas hierárquicas para o encapsulamento e vascularização das ilhotas, um processo inovador que permite o rápido tratamento dos doentes com diabetes.
O Prémio Príncipe da Beira Ciências Biomédicas, instituído pelo Município de Guimarães, pela Fundação D. Manuel II e pela Universidade do Minho, foi atribuído a Sílvia C. Araújo Vieira, pelo seu trabalho “Natural-based Hierarchical Platform for Islet Cell Transplantation and Vascularization" (Plataformas hierárquicas para o encapsulamento e vascularização das ilhotas), um processo inovador que permite o rápido tratamento dos doentes com diabetes. Sílvia Vieira é estudante de doutoramento da Universidade do Minho, mas fez a formação base na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
A cerimónia de entrega do Prémio decorreu esta sexta-feira, 19 de abril, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Guimarães, com as presenças de D. Afonso de Bragança, Príncipe das Beiras, de Adelina Pinto, a vice-presidente da Câmara Municipal de Guimarães e Rui Reis, vice-reitor da Universidade do Minho.
Em representação do Município, Adelina Pinto destacou a importância deste prémio para Guimarães “uma cidade histórica, mas que não está parada no tempo ao marcar uma posição firme através da aposta no conhecimento, investigação e inovação”. Rui Reis, por sua vez, sublinhou a “ligação umbilical” entre a Universidade do Minho e a Câmara de Guimarães no desenvolvimento de projetos que têm permitido uma ação conjunta na área do conhecimento. Enquanto presidente do júri, Rui Reis fez questão ainda de esclarecer que “houve um número interessante de candidaturas” e “não foi fácil para o júri decidir o vencedor”.
D. Afonso de Bragança anunciou o vencedor do Prémio Príncipe da Beira, destacando a investigação de Sílvia Vieira “pelo impacto futuro que pode representar para a medicina”. Sublinhou ainda o papel do Município de Guimarães “pelo exemplo de interesse científico e cultural” na associação a este Prémio.
O projeto premiado visa criar um dispositivo para tratamento da diabetes tipo1. O método consiste no encapsulamento das células produtoras de insulina num hidrogel de origem natural, que posteriormente são colocadas em invólucros que promovem a vascularização do dispositivo. Este é um processo bastante inovador, uma vez que permitirá o rápido tratamento da diabetes, diminuindo os efeitos secundários para o doente.
Este ano, o Prémio Príncipe da Beira contou com um total de 16 candidaturas. Em segundo lugar, com Menção Honrosa PPB 2017, ficou o investigador Diogo M. P. Libânio Monteiro, com um trabalho intitulado: “Colonic Microbiota Modifications in the Development Colonization Changes". Na terceira posição ficou Maria Elena Monzón Manzano, com um trabalho intitulado: “Evaluation of hypercoagulate State, Immunological Dysregulation and Comorbidity Related to Cardiovascular Disease in Patients with Systemic Lupus Erythematosus".
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