Presidente da Câmara de Guimarães lamenta morte de Mário Soares e adia evento de Reis para 14 janeiro
Edição deste ano das “Reisadas” é adiada uma semana. Iniciativa de âmbito musical realiza-se no próximo sábado à noite.
O Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, lamenta a morte de Mário Soares, fundador da Democracia em Portugal, e apresenta sentidas condolências aos familiares do antigo Presidente da República e Primeiro-Ministro do país, a quem Guimarães atribuiu a Medalha de Ouro da cidade em 24 de junho de 1991, data em que presidiu à inauguração da sede da Associação de Municípios do Vale do Ave (AMAVE) e do Salão Nobre da Câmara Municipal.
Na sequência do seu falecimento, o Presidente do Município determinou o adiamento da realização do evento de música de Cantar dos Reis que estava agendado para a noite deste sábado, 07 de janeiro, no Largo da Oliveira. Assim, a edição deste ano das Reisadas, com a participação de grupos vimaranenses, decorrerá no próximo dia 14 de janeiro, também a um sábado, com início às 21:30 horas.
«Mário Soares representa a Liberdade conquistada no 25 de Abril de 1974, conseguida com muita coragem, muita inteligência, muito entusiasmo. Mário Soares era o vulto maior desse simbolismo e desse valor essencial, da LIBERDADE, que temos de continuar a assegurar como condição essencial das sociedades democráticas», referiu o responsável pela Câmara Municipal de Guimarães, cujas bandeiras estarão a meia haste na fachada do edifício, cumprindo três dias de luto nacional, entretanto decretados.
Nascido em Lisboa, a 7 de dezembro de 1924, Mário Soares é reconhecido como sendo o principal líder civil do campo da Democracia nos dias do PREC (Processo Revolucionário Em Curso) e, nestes 42 anos de liberdade no país, foi Ministro dos Negócios Estrangeiros (1974-75) e Primeiro-Ministro por três vezes (1976-77, 1978 e 1983-85), sendo o obreiro da adesão de Portugal à CEE, a União Europeia de hoje, assinada em 1985.
Em 1986, foi eleito Presidente da República e, no seu primeiro ano de mandato, realizou em Guimarães a sua primeira “Presidência Aberta”, uma novidade há três décadas, sendo reeleito cinco anos depois com 70,35% dos votos, resultado nunca antes alcançado em eleições nacionais. Deixou Belém em 1996 e dedicou-se a um percurso internacional, ainda em dezembro de 1995, com a presidência da Comissão Mundial Independente sobre os Oceanos. “Não acredito na eternidade, na imortalidade, na alma. O que fica de mim é um rodapé num livro de história”, disse, recentemente, no decurso de uma entrevista.
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