Guimarães já tem Zona de Couros na lista que Portugal pode indicar a Património Mundial
Bem patrimonial com reconhecida importância. Estado recomendou a sua integração na Lista Indicativa portuguesa de valores a preservar.
A Comissão Nacional da UNESCO inscreveu a ampliação da Zona de Couros a Património Cultural da Humanidade na Lista Indicativa de Portugal, instrumento de planeamento e de preparação de candidaturas onde os países assinalam os seus bens culturais, naturais e mistos para que possam ser propostos e estarem em condições de os representar na candidatura anual que podem submeter.
A decisão foi tomada com base na avaliação de um painel de especialistas que analisou o potencial valor universal excecional do Bem proposto, à luz das exigências da Convenção para a Proteção do Património Mundial, Cultural e Natural e das recomendações do Comité do Património Mundial. Entre elas, estão a justificação dos critérios invocados, a autenticidade e a integridade do Bem, a comparação com Bens idênticos e o facto de o Bem colmatar, ou não, lacuna na Lista Indicativa de Portugal e na Lista do Património Mundial.
«A inclusão na Lista Indicativa é um passo muito importante e necessário para a classificação de Couros como Património Mundial. Há ainda muito trabalho pela frente e vamos continuar a percorrer o nosso caminho, juntamente com os vimaranenses e as nossas instituições, no sentido de atingirmos o objetivo de classificar um dos locais históricos do centro de Guimarães», considera Domingos Bragança, Presidente do Município.
Uma vez que Portugal foi eleito em 2013 para o Comité do Património Mundial da UNESCO, não deverá apresentar nenhuma candidatura até 2017, durante os quatro anos em que ocupa o lugar nesta organização das Nações Unidas. Esta não é uma regra oficial, mas tem sido uma prática instituída dentro da organização. A proposta de Guimarães, entretanto, foi já inscrita na Lista Indicativa pela Comissão Nacional da UNESCO, organismo dependente do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Atualmente, a Zona de Couros integra a zona de proteção do Centro Histórico de Guimarães, classificado em 2001 com o título de Património Cultural da Humanidade. A Câmara Municipal de Guimarães promoveu um conjunto de obras de requalificação no espaço público de Couros e em edifícios de antigas fábricas de curtumes, instalando ali um novo “Campus” da Universidade do Minho, a Unidade Operacional em Governação Eletrónica da Universidade das Nações Unidas (UNU-EGOV), no Centro de Pós-Graduação, o Centro Ciência Viva, o Instituto de Design de Guimarães, entre outros serviços.