ESTA 5ª FEIRA
SIMULACRO DE ACIDENTE NAS OBRAS DO NOVO MERCADO MUNICIPAL
Os trabalhos que ocorrem para a construção do Novo Mercado Municipal sofrerão esta quinta-feira, pelas 16 horas, uma interrupção, através de um simulacro de acidente, que visa testar o Plano de Segurança e Saúde em Obra.
ESTA 5ª FEIRA
SIMULACRO DE ACIDENTE
NAS OBRAS DO NOVO MERCADO MUNICIPAL
Os trabalhos que ocorrem para a construção do Novo Mercado Municipal sofrerão esta quinta-feira, pelas 16 horas, uma interrupção, através de um simulacro de acidente, que visa testar o Plano de Segurança e Saúde em Obra.
A construção é ainda uma das áreas onde o número de acidentes é significativamente elevado, sendo a taxa de mortalidade, neste sector, em Portugal, uma das mais altas da Europa.
É contra esta realidade que a Câmara Municipal de Guimarães tem dirigido esforços e competências, no sentido de contrariar rotinas negativas e "maus hábitos", aumentando a eficácia dos planos de segurança através da implementação de medidas de prevenção activas e rigorosas. Procura-se não apenas aprovar um determinado plano e um conjunto de medidas, mas sim comprovar a sua eficácia perante situações de perigo real, onde o risco de acidente envolvendo a integridade ou a vida dos trabalhadores seja elevado.
Assim, o papel da Coordenação de Segurança está muito para além da monitorização e controlo contínuo dos procedimentos previstos no Plano de Segurança e Saúde em Obra, visando também, verificar e apurar a eficácia de um conjunto de normas e procedimentos previamente estabelecidos.
Só é possível avaliar da eficácia daquele Plano através da criação de situações ou cenários possíveis de acidentes, accionando os mecanismos previstos, testando o entrosamento e a capacidade de resposta das equipas de socorro internas e externas, e os equipamentos a utilizar perante uma situação de emergência.
A legislação que nos últimos anos tem vindo a ser publicada no âmbito da segurança para o sector da construção civil, tem dado ao dono de obra uma maior capacidade de intervenção nos diversos actos que constituem a realização de uma obra.
No nosso país, as Câmaras Municipais são, de um modo geral, o dono de obra mais importante em cada concelho, pelo que, nessa qualidade, a actual legislação traz novas obrigações aos executivos autárquicos e, consequentemente, aos seus corpos técnicos.
O envolvimento das Câmaras Municipais na implementação e divulgação de acções de segurança nas suas obras, não só é uma obrigação legal, como pode funcionar como uma acção pedagógica junto de outras entidades do sector, através da implementação de boas práticas.
Um simulacro de acidente numa obra pública é uma adequada prática para testar a eficácia dos diversos intervenientes nas acções de socorrismo à população de um concelho em situações de desastre. A intervenção dessas entidades permitirá à Protecção Civil (da responsabilidade da autarquia) verificar o seu grau de coordenação e operacionalidade, corrigindo eventuais erros operacionais a custos reduzidos.
A divulgação de uma acção de simulacro através do relatório final de intervenção não só estimulará os agentes do sector da construção civil a actuarem com uma maior preocupação na área da segurança, como certamente será um forte indicador da acção do executivo camarário na defesa do bem-estar e da qualidade de vida das populações e das actividades económicas da região.
Objectivo do PE
O plano de emergência de um estaleiro tem por objectivo a preparação e organização dos meios existentes para garantir a salvaguarda das pessoas e bens que nele se encontram em caso de ocorrência de uma situação de perigo.
O Simulacro
Para comprovarmos da eficácia do estipulado no plano de emergência, entendemos necessário e imprescindível a execução de uma ou várias simulações de situação de perigo iminente e consequente acidente.
Os exercícios serão executados de modo a dar o máximo de informação sobre a prontidão da organização, e deverão merecer sempre uma análise da qual surgirão conclusões e recomendações que com certeza irão promover a eficácia e exactidão do plano de emergência.
Após a escolha do acidente a simular, foi efectuado um guião que indica a forma como o acidente deverá evoluir, os procedimentos a respeitar no caso de a actuação das equipas se mostrar inadequada e como deverá evoluir se a actuação for adequada. No guião constar, também, a actuação esperada de cada um dos intervenientes em cada uma das fases de evolução.
Cenário
Acidente: Queda de material em suspensão sobre uma laje e consequente queda da laje.
Tempo Previsto: 40 minutos
Nr. De vitimas: 3 (uma em estado considerado muito grave)
Meios a accionar:
Externos: Protecção Civil Municipal
Bombeiros Voluntários de Guimarães
INEM
ISHST
Policia Municipal e P.S.P.
Internos: Socorrista nomeado
Organigrama de segurança
Análise
Após terminado o exercício, os coordenadores deverão juntar toda a informação e anotações retiradas durante a execução, analisar o vídeo da ocorrência e reconstituir os acontecimentos durante todo esse período.
A reconstituição do exercício permite detectar todas as falhas ocorridas e os aspectos que poderão ser melhorados. Estas falhas devem ser alvo de uma reunião exaustiva com os intervenientes, não apenas para transmitir os aspectos a melhorar, mas também para registar as observações que os próprios tenham a fazer face à experiência adquirida.
Este aspecto pode ser de importância crucial, pois permite detectar eventuais dificuldades práticas, quer de acção, quer de interpretação, na execução do estabelecido no Plano de Emergência, o que pode levar à alteração de determinados procedimentos e mudança de equipamentos, entre outras situações.
Deste modo, o Departamento de Obras Municipais e o Departamento de Serviços Urbanos e Ambiente, em conjunto com a coordenação de segurança e higiene da obra “Novo Mercado Municipal”, cuja prestação de serviços foi contratada à empresa “Consulgés”, estão já a fazer os contactos com todas as entidades envolvidas no simulacro."