Apresentada no último dia 16 de Janeiro
CARTA GASTRONÓMICA DE GUIMARÃES É UMA REALIDADE
A Carta Gastronómica de Guimarães já é uma realidade, apresentando-se na sequência de um trabalho que foi desenvolvido pela Confraria de Gastrónomos do Minho para a Zona de Turismo de Guimarães.
CARTA GASTRONÓMICA DE GUIMARÃES É UMA REALIDADE
A Carta Gastronómica de Guimarães já é uma realidade, apresentando-se na sequência de um trabalho que foi desenvolvido pela Confraria de Gastrónomos do Minho para a Zona de Turismo de Guimarães.
Da ducentena de estabelecimentos de bebidas e restauração do Concelho de Guimarães a Confraria elegeu 18: 6 restaurantes no Centro da Cidade; na circular interna, 1; na estrada de Fafe, 1; na estrada da Penha, 2; na estrada de Braga, 1; na estrada de Santo Tirso, 2; na estrada de Famalicão, 1; na zona rural, 4.
Das matérias-primas (ingredientes) utilizadas nas receitas publicadas, temos os seguintes resultados: Bacalhau (13); Doces de colher (8); Porco (5); Cabrito (5); Polvo (5); Pescada (2); Coelho (3); Mariscos (2); Barrosã (2); Sopas (2); Galo (2); Massas / Pato / Capão / Caça / Vitela (todos 1). Já sabíamos que o Bacalhau à boa maneira Minhota tem a consagração oficial, mais ainda em Guimarães em que o Bacalhau recheado com presunto tem receituário próprio, o que vem contradizer a tradicional afirmação que o Minhoto é, de raiz, um carnívoro nato.
Chamamos a atenção para os pratos de pescada, polvo e marisco, que somados às Bacalhauzadas totalizam 22.
Também ficamos satisfeitos por verificar que a "nossa" teoria das cozinhas étnica / ritual / familiar / caseira / e tradicional no Alto Minho e, agora, em Guimarães tem substracto na Res/coquinaria que procuramos certificar. Na introdução a cada um dos 18 restaurantes falo sobre a cozinha que vêm a praticar. Todos assumem uma cozinha de base comum que assenta na "nossa" tradição, não só em termos de "receituário" como de matérias primas.
Por isso, a ida ao Mercado Municipal - tirar as provas dos nove. Onde se abastece Guimarães? Surpreendeu-nos pela positiva. Conversamos com quase todos os feirantes: os donos dos talhos, onde comemos umas taliscas de presunto, umas rodelas de chouriço e morcela; os lavradores e as lavradeiras, que trazem as primícias das hortaliças, os galináceos e os coelhos; as floristas, com muitos ramos de malmequeres e as flores silvestres; o(a)s padeiro(a)s com as regueifas, flores silvestres, pães e broa de milho, bates, pães de ló, biscoitos, bolos de creme, num constante alvoroço, cheio de cor e luz, misto de arraial e feira (até meteu fotografia), tudo apreçando e marralhando, numa cavaqueira continua, quase de FESTA!. A partir daqui - deste encontro diário que não se pretende organizado, um autêntico "cadinho" de culturas, onde tudo mexe e é gente, com garra, com vontade de viver - é fácil partir para uma nova cozinha... das emoções e dos afectos.
Cumpriu-se, assim, com o requisito da Zona de Turismo de Guimarães: aliar a um Património Construído Classificado pela Unesco, uma Gastronomia de Excelência.
Por mérito, reconhece-se, a todos os Restaurantes "escolhidos" pela Confraria dos Gastrónomos do Minho, uma boa amesendação, bom trato, higiene e segurança alimentar. Demos honras de "capa" aos doces conventuais, às nossas caseirices. Por respeito e por carinho. Quiçá, a melhor "prenda" de recordação duma visita a Guimarães.
Mais informações: www.guimaraesturismo.com