Nobel da Paz disponível em contribuir para candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia
Presidente do Munasinghe Institute of Development (MIND), Colombo, Mohan Munasinghe é professor no Instituto de Desenvolvimento Sustentável, Universidade Federal do Pará, (Brasil), professor convidado da Universidade de Pequim (China) e membro do Conselho Consultivo Internacional da SCI, Universidade de Manchester (Reino Unido). Esta segunda-feira, foi recebido oficialmente na Câmara de Guimarães, no âmbito do Congresso Mundial de História do Ambiente.
O Professor Mohan Munasinghe, uma das principais figuras do mundo em matérias ambientais, destacando-se como vice-presidente do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas das Nações Unidas, entidade que em 2007 partilhou o Prémio Nobel da Paz com Al Gore, manifestou a sua «disponibilidade em participar» no processo de candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia.
Em declarações prestadas na receção oficial realizada no Salão Nobre do Município de Guimarães, horas antes do início do 2º Congresso Mundial de História do Ambiente, que decorrerá no Centro Cultural Vila Flor entre 07 e 14 de julho, Mohan Munasinghe mostrou-se «recetivo em articular» com Domingos Bragança, Presidente da Autarquia, e António M. Cunha, Reitor da Universidade do Minho, a melhor forma de Guimarães reunir condições de sucesso na apresentação da sua candidatura ao título de Capital Verde Europeia.
«Guimarães, Património Cultural da Humanidade desde 2001, foi Capital Europeia da Cultura em 2012, mas queremos mais e definimos uma meta muito ambiciosa. Trata-se de um desígnio muito exigente, implicando o envolvimento de todos. É tão importante o caminho a percorrer como a meta que pretendemos atingir, que poderá demorar alguns anos», referiu Domingos Bragança, congratulando-se com a «colaboração de tão nobre figura mundial, que teve o amável gesto de colocar à disposição deste Município os seus serviços», acrescentou o Edil.
Mohan Munasinghe considerou que o «futuro da sustentabilidade ambiental está nas mãos das Autarquias, importantes polos urbanos que trabalham em proximidade com as pessoas», no sentido de consciencializar a população para a «importância de preservar o ambiente». «Já estive a visitar Guimarães e fiquei maravilhado. Aliás, a minha esposa não está presente nesta sessão, porque quis conhecer melhor a cidade, pois ficou absolutamente encantada», enalteceu o Prémio Nobel da Paz 2007.
António M. Cunha, que reafirmou a disponibilidade da Universidade do Minho em colaborar com o Município de Guimarães na candidatura a Capital Verde Europeia, será o anfitrião do Congresso Mundial de História do Ambiente, organizado através da Escola de Ciências e que reunirá em Guimarães cientistas, investigadores e especialistas de diferentes campos da ciência, provenientes de todos os países. «Este grande evento mundial ocorre no momento certo para Guimarães», afirmou o Reitor da Academia minhota.
A sessão de abertura está marcada para esta terça-feira, 08 de julho, pelas 09 horas, no Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor. Em seguida, a sessão terá como orador principal o Professor Mohan Munasinghe. O Congresso Mundial de História do Ambiente (World Congress of Environmental History) vai debater questões em torno da importância da História Ambiental no processo de decisão, reunindo historiadores ambientais de todo o mundo que se concentram num fórum global.
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