Fábrica da Ramada
No conjunto da Rua da Ramada destaca-se o edifício da fábrica da António Martins Ribeiro da Silva, fundada na década de 1930 e que é conhecida por fábrica da Ramada.
O edifício foi reabilitado para actividades académicas mas foram preservados os vestígios da sua arquitectura industrial, nomeadamente as cores da fachada, o “amarelo palha” e o “sangue de boi” das caixilharias referidos na documentação como características dos edifícios industriais da zona de couros.
A antiga fábrica é símbolo da aposta na inovação tecnológica a que esta indústria assistiu. Apropriou-se da antiga viela de Soalhães, assim como do rio para expandir a área produtiva e poder instalar em espaços amplos a maquinaria necessária para o aperfeiçoamento tecnológico exigido, que passava pela substituição da tradicional curtimenta vegetal por processos que exigiam conhecimento de química aplicada. Essa transição para a curtimenta mineral com sais de crómio verificou-se nesta unidade industrial.
Os pelames, tanques e lagares foram fechados originando um pavimento uniforme onde se instalaram os fulões ou tambores que permitiram acelerar o processo de transformação das peles, no entanto este processo químico tornou a actividade mais poluente.
Apesar dos avanços tecnológicos implementados, a consciência ambiental de finais do século XX obrigou a novas exigência no tratamento dos efluentes, aumentando os encargos de produção. Esta fábrica laborou até 2005, estando sempre ligada à família Martins Ribeiro da Silva “os Painços”, tendo sido a última fabrica que fechou portas na zona de Couros.
Actualmente está aqui instalado o Instituto de Design, resultado de uma parceria entre o Município e a Universidade do Minho.
R. da Ramada
4810-225 Guimarães