Rede de Apoio Psicológico ajuda a colmatar problema de isolamento social em Guimarães
Rede funciona com apoio de 18 psicólogos e até esta data foram realizados 110 atendimentos. Sintomas de ansiedade, depressão, solidão e dificuldades na gestão de processos de luto são os mais referenciados pela população.
A Rede de Apoio Psicológico surge da observação da necessidade de disponibilizar apoio à população, no âmbito da pandemia da COVID-19, através da Rede de Emergência criada pelo Município de Guimarães. Esta rede dispõe de técnicos do município distribuídos pelas 11 Comissões Sociais Inter-Freguesias (CSIF) do concelho, que corresponde a primeira linha de atendimento aos pedidos de apoio, efetuando e agilizando posteriormente os serviços e recursos necessários às respostas a prover.
Na observação da necessidade de apoio por parte do Psicólogo, resultante da verificação dos critérios previamente definidos de acordo com as orientações internas e no respeito às indicações da Ordem dos Psicólogos, o técnico da rede de emergência encaminha para o técnico de Psicologia que está afeto à sua CSIF.
Até ao momento foram realizados 110 atendimentos, resultado de dezenas de telefonemas efetuados com munícipes após referenciação. “Vamos conseguindo alterar as situações, efetuar aconselhamento e/ou encaminhamento e colmatar algumas questões do isolamento social”, refere uma das psicólogas deste projeto.
Sintomatologia de humor deprimido e de ansiedade, sensação de isolamento e desespero, dificuldades na gestão de rotinas novas e da acumulação da tarefa de cuidador com as já habituais (quer seja de menores ou de idosos), dificuldades na gestão de processos de luto e de doença própria estão na base das problemáticas detetadas e que estão a ser devidamente acompanhados através de sugestões e estratégias devidamente elencadas.
A Rede dispõe de 18 psicólogos: cinco técnicos municipais, aos quais se juntaram 12 psicólogos provenientes dos agrupamentos de escolas e uma voluntária de uma instituição privada, todos em regime de voluntariado.
As consultas ocorrem em modalidade de atendimento telefónico que é articulado com os técnicos da rede e cuja regularidade de contacto vai sendo definida pelos psicólogos de acordo com as situações em questão. Quando se observa a necessidade de um apoio mais intensivo é encaminhado para os serviços de psicologia das entidades parceiras.
A referenciação resulta da indicação do técnico da CSIF que recebe os diferentes pedidos de apoio e promove a ativação das respostas necessárias. Após a referenciação, os Psicólogos contactam os munícipes e estabelecem então a regularidade do apoio.
Esta rede articula ainda, quando necessário, com os Serviços de Psicologia do Hospital Senhora da Oliveira, da Associação de Psicologia da Universidade do Minho (APSI) e dos serviços de medicina P5 da Universidade do Minho.