Retoma da atividade cultural beneficiará do apoio a 78 projetos de artistas de Guimarães
A atribuição de mais de 300 mil euros para a produção cultural, ao abrigo do programa IMPACTA, foi hoje aprovada em reunião do Executivo Municipal.
Na manhã desta quinta-feira, 18 de junho, um dos pontos da agenda de trabalhos da Reunião de Câmara colocou a discussão e votação a atribuição de 308.137,60€ para apoio à realização de vários projetos culturais, no âmbito do programa IMPACTA, uma medida de apoio à implementação de atividades culturais das associações e artistas de Guimarães.
Foram selecionados 78 projetos, num total de 123 candidaturas apresentadas, que incluem atividades culturais pontuais, apoio à circulação nacional e internacionalização, Artes Performativas, Artes Visuais e Curadoria, edições literárias, musicais e videográficas e performance e composição musical. Na opinião da Vice-Presidente da Câmara e Vereadora da Cultura, “este programa de apoio visa promover a produção cultural dos artistas e das instituições locais, como forma de promover a dinâmica cultural do Concelho e impulsionar o fortalecimento da produção artística local, sem, contudo, deixar de ter em conta o impacto económico positivo daí decorrente, uma vez que estes projetos culturais movimentam estruturas técnicas e de produção consideráveis”. Segundo Adelina Pinto, este conjunto de projetos que agora são apoiados não quer significar uma mudança de estratégia, mas antes um reforço orçamental que permite alavancar com mais vigor a atividade cultural concelhia. O IMPACTA é uma evolução do anterior regulamento de apoio, o RMECARH, uma vez que pauta por uma maior abrangência no que diz respeito à natureza dos projetos que considera.
Adelina Pinto, realçou que “esta estratégia cultural, para valorizar o que é local, assenta na qualidade dos projetos das nossas associações e artistas”, explicando ainda que a valorização da Cultura em Guimarães não pode prescindir “do que vem de fora”. A esse propósito referiu a importância da “contaminação artística” resultante das residências artísticas, que vêm enriquecer os projetos locais”.
Outra das referências à retoma cultural em Guimarães feita por Adelina Pinto foi a implementação do desCONFI(n)AR, um conjunto de projetos artísticos que, tendo em conta a necessidade de confinamento ou distanciamento social, lançam um desafio para apresentação de trabalhos de comunidade e atividades culturais que se adequem à situação atual, reaproximando criadores, público e comunidade e reerguendo laços de confiança e segurança na participação. Foram selecionados 11 projetos, assentes em cocriação comunitária e processos colaborativos de criação, focados na proximidade analógica em detrimento da virtual, garantindo todas as condições de saúde pública e segurança dos intervenientes. Com o desCONFI(n)AR, dá-se continuidade à aposta na Cultura em espaço público, uma prática que tem vindo a ser adotada com mais intensidade desde há alguns anos, mas que ganha uma nova dimensão na conjuntura atual.