Já são conhecidas as propostas vencedoras da Open Call do Bairro C “Carbono Zero, Cidades Infinitas”

Futuros em Rede, da Associação Cultural Minhoca Utópica, Tecer a Luz, de Maria Alves, e Jardins Abertos: Histórias Privadas, Experiências Partilhadas, de Nuno Machado, são os projetos vencedores da edição de 2025 da Open Call do Bairro C “Carbono Zero, Cidades Infinitas”.
O júri responsável pela seleção foi constituído por Paulo Covas, em representação do Município de Guimarães, Susana Costa, do Laboratório da Paisagem, João Terras, em representação d’A Oficina, e Miguel Bandeira Duarte, em representação da EAAD – Escola de Arquitetura, Arte e Design da Universidade do Minho.
A Open Call foi dirigida a criadores, artistas e agentes culturais, desafiando-os a repensar o território e a programação cultural do Bairro C. Pretendia-se a apresentação de propostas de sinalização, ocupação de praças públicas, instalações artísticas, bem como práticas relacionais e performativas, com o objetivo de reforçar os vínculos entre criadores, públicos e comunidade.
FUTUROS EM REDE
Associação Cultural Minhota Utópica
Instalação artística relacional, concebida como uma rede sensível de escuta e imaginação coletiva sobre o futuro do Bairro C e da cidade de Guimarães.
O projeto instala três estações físicas em pontos estratégicos do território Bairro C, cada uma equipada com conectividade local (via rede mesh) e alimentada a energia solar.
Estas estações funcionam como catalisadores de imaginação: dispositivos urbanos que propõem perguntas provocadoras aos passantes – “Como será viver aqui em 2070?”, “Que espécies habitarão a rua?”, “O que terá sido preservado, perdido ou reinventado?”.
A interação é simples, mas profunda: ao conectar-se à rede local de cada estação, o publico pode deixar uma resposta (texto ou áudio), compondo um arquivo vivo e descentralizado de futuros possíveis.
Com o tempo, cada estação trona-se um ecossistema simbólico e colaborativo, onde o futuro der constrói coletivamente – utópico, distópico, poético, especulativo.
TECER A LUZ
Maria Alves
“Tecer a Luz” parte de um interesse contínuo na relação entre luz, território e memória coletiva, focando-se na Rua da Caldeiroa - eixo entre o centro histórico e o bairro de Couros, profundamente marcado por transformações recentes. Neste contexto destaca-se a requalificação da antiga Fábrica do Arquinho, futura sede do Tech-G (Centro de Investigação em Engenharia Aeroespacial da Universidade do Minho e da Fibrenamics), edifício emblemático da arqueologia industrial vimaranense. O projeto será desenvolvido com a comunidade local ao longo de um processo colaborativo com oficinas, mapeamento sensorial e práticas ecológicas, explorando a luz como matéria viva e sensível.
JARDINS ABERTOS: HISTÓRIAS PRIVADAS, EXPERIÊNCIAS PARTILHADAS
Nuno Machado
“Os jardins abertos” é um projeto de criação artística, partilha comunitária e reinterpretação do território do bairro C, que propõe a abertura excecional de jardins e pátios privados de casas históricas do bairro a pequenos eventos culturais. Através de seis momentos de encontro, entre agosto e outubro, o projeto celebra a intimidade dos espaços verdes urbanos, cruzando artes performativas, artes plásticas e gastronomia com o quotidiano e o património humano do lugar.