POROROCA

Onze bailarinos ocupam o palco e partilham histórias pessoais, histórias que misturam o quotidiano com o mundo dos sonhos. A coreógrafa parte do indivíduo, da sua perceção única da realidade, dos estados do seu corpo para enfrentar o tema do coletivo. É arrastão, mistura, choque, invasão.

 

A relação entre o indivíduo e o grupo é investigada numa nova etapa do espetáculo Pororoca. Do tupi poro’rog, que significa estrondar, Pororoca é um fenómeno natural de confronto violento das águas do rio com as águas do mar. Este encontro tem força para derrubar árvores e mudar as margens dos rios, ao mesmo tempo que é um processo frágil da Natureza. Este espetáculo, que já correu os principais palcos internacionais, traz pela primeira vez a Guimarães o trabalho singular e desconcertante desta coreógrafa, que há mais de duas décadas trabalha nas favelas do Rio de Janeiro tendo o movimento e os corpos como arma e ferramenta. Bailarinos de origens e com formações diversas, estão aqui unidos pela força tsunámica destas coreografias e apresentam-nos um dos mais incisivos momentos que a dança contemporânea assistiu nos últimos anos.

 

/ DANÇA CONTEMPORÂNEA