Reisadas

9 de Janeiro, Sábado:
das 14h00 às 19h00
Cantar dos Reis em Instituições de Solidariedade Social e Estabelecimento Prisional Regional de Guimarães pelos seguintes Grupos:

21h00 - Cantar de Reisadas
Largo da Oliviera
Grupos Participantes:
- Os Musiké – Associação Musical e Artística do Centro de Formação Francisco de Holanda
- Grupo Cultural e Recreativo de Barco
- Centro Social Recreativo Cultural de Campelos
- Conjunto de Musica Portuguesa Bombeiros Voluntários de Guimarães
- CART - Centro de Actividades Recreativas Taipense
- ARCAP – Academia Recreativa Cultural Amigos de Ponte
- Grupo de Jovens de Gonça
- Grupo dos Amigos Souto Stª. Maria
- Grupo Coral da Escola EB 2,3 de Pevidém
- Récita – Grupo Cultural

00h00 – Ceia dos Reis para os grupos participantes

As Janeiras
Janeiro vem do nome do Deus Janus, com a graça de conhecer, do passado e do presente, tudo o que quisesse. (Representavam-no com duas faces - uma virada para o pretérito e outra para o futuro). Janus governava o tempo, a guerra e a paz. Era o Deus de todos os inícios, dos meses, dias e anos. Em sua honra, os Romanos costumavam visitar-se no primeiro dia do ano para trocar presentes.
Nesse costume radicará a tradição de cantar Janeiras, vestígios de velhíssimos ritos que o cristianismo adoptou. O ritual romano das "calendas de Janeiro", chamado "bona stranea" - bom presságio - , correspondia à fraternidade e convivência com amigos, familiares e vizinhos.
É antepassado do costume de dar Boas-Festas oferecendo presentes, tal como os romanos (mas eles, com requinte, simplicidade e boniteza, ofertavam, simbolicamente, figos, ameixas e mel, para que o ano tivesse a doçura dos frutos e a suavidade perfumada e dourada do mel).
Às canções de Reis chamavam Reisadas. Eram pano de fundo da terceira consoada natalícia.
Cantar os Reis constitui uma tradição ancestral do nosso povo, com incidência particular nas aldeias, intensamente vivida entre os dias 6 e 19 do primeiro mês do ano.
Estrumadas as raízes no universo religioso (adoração dos Reis Magos a Jesus), logo as luzes do profano se encarregariam de lhe dar novos matrizes, esculpir novas facetas.
"Reclamar a parte de Deus" de porta em porta tem sido motivação e objectivo de todos quantos, durante aproximadamente 15 dias, calcorreiam os caminhos das aldeias e agora se aventuram em caminhadas mais longas que os tempos tornaram possíveis.