'As Castro' reúnem-se no CCVF a 15 de dezembro para dar vida ao novo espetáculo de Raquel Castro
Nesta época tão propícia a reuniões familiares, o Centro Cultural Vila Flor (CCVF), em Guimarães, recebe uma larga família no próximo dia 15 de dezembro (sexta-feira), com a peça “As Castro” da atriz, encenadora e dramaturga Raquel Castro, que integra um elenco de reconhecidos intérpretes como Tânia Alves, Tónan Quito, Sara Inês Gigante e Sara de Castro. Trabalho que tem por base 300 antepassados da referida criadora, histórias (e segredos) das suas vidas, das suas famílias, e sobretudo das mulheres – a quem (lá atrás) omitiam as profissões –, este espetáculo coproduzido pel'A Oficina tem início às 21h30 no Pequeno Auditório do CCVF.
Com “As Castro”, uma peça que tem como ponto de partida a árvore genealógica de Raquel Castro, 300 pessoas ganham vida através dos seus nomes, lugares onde viveram e profissões, dando o mote para escarafunchar as histórias de vida desta família, remexendo um baú de memórias praticamente inesgotável. Um estudo genealógico feito por um profissional (Rui Árias Ribeiro), com a 'árvore' da criadora até ao século XVIII, foi a rampa de lançamento para “um mergulho em algumas histórias de família, nomeadamente do ramo materno”, refere a autora Raquel Castro.
Como uma longa árvore genealógica (naturalmente em construção) que se desenrola em palco – de muitas mães, e mães de mães, e de mães de filhas; e claro, de maridos e de pais, do tempo que era outro, e deste lugar que vem sendo Portugal – a peça "As Castro" é assim uma leitura da própria encenadora, que se olha ao espelho para se colocar no lugar de quem foi influenciada, direta ou indiretamente, pelos seus antepassados, destacando, acima de tudo, as mulheres que construíram a linhagem desta família.
No meio de algumas curiosidades, Raquel Castro decidiu investir mais nas histórias das mulheres que lhe são mais próximas – a mãe e a avó materna, de que a mãe é cuidadora –, assim como noutras mulheres “que vieram antes delas”. Entre as curiosidades que descobriu nesta sua árvore, Raquel menciona o caso da trisavó materna, que era tanoeira, mas cuja profissão surge omitida nos registos, à semelhança do que acontecia com outras antepassadas. “Não era hábito referir as profissões das mulheres”, demarcou Raquel Castro, responsável pela direção artística e texto da peça.
Mais antigas ou mais atuais, estas são histórias estranhamente ainda capazes de nos tirar o sono, que prometem ser brilhantemente interpretadas pela própria Raquel Castro e por Sara Inês Gigante, Sara de Castro, Tânia Alves e Tónan Quito. A criadora chama a atenção para o trabalho conjunto realizado nesta peça, pelo facto de ter atores e atrizes a interpretarem papéis de familiares seus, com quem contracena e com os quais vai “tentando ficcionar sobre os 'buracos negros'” das histórias.
Esta coprodução d'A Oficina e do Teatro Nacional D. Maria II surge assim da vontade da artista em “querer descobrir” de que forma o seu passado "filial e histórico" influenciou a pessoa que é hoje.
Este espetáculo, dirigido a maiores de 12 anos de idade, integra a língua gestual portuguesa e a audiodescrição, ampliando a proximidade a públicos mais diversos. Os bilhetes para o mesmo têm o valor de 7,5 euros ou 5 euros com desconto e podem ser adquiridos online em oficina.bol.pt ou presencialmente nas bilheteiras do Centro Cultural Vila Flor (CCVF), do Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), da Casa da Memória de Guimarães (CDMG) e da Loja Oficina (LO).
📷 As Castro © Isabel Lucena
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