Guimarães recebe “Feira do Património” em outubro na Casa da Memória
“Comunicar Património” é o tema de uma edição que se realiza entre 10 e 12 de outubro. Evento pioneiro abrange diferentes conceitos de Património: edificado, móvel, imaterial e natural.
O Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, apontou a organização da “Feira do Património”, que decorrerá em Guimarães no mês de outubro, como um exemplo de parceria na gestão integrada de eventos e de iniciativas de âmbito cultural.
«Temos de trabalhar em rede e de forma organizada na gestão dos nossos equipamentos, independentemente da sua propriedade ou responsabilidade, para conseguirmos que Guimarães seja uma cidade de referência cultural», afirmou o responsável da Autarquia, que propôs a possibilidade do evento «ser alargado com outro horizonte temporal».
António Ponte, Diretor Regional de Cultura do Norte, referiu que a gestão em rede é a «forma mais inteligente de atuar sobre património», tendo mostrado «disponibilidade para partilhar essa responsabilidade». «Estou muito feliz com a organização deste evento nesta cidade. Trata-se de um ativo de conhecimento que o Património transmite, com a valorização do nosso passado, sendo também uma forma de honrarmos a memória do que nos foi legado», acrescentou ainda.
A Feira do Património, que decorre este ano em Guimarães entre 10 e 12 de outubro, foi apresentada esta sexta-feira, 09 de maio, na Casa da Memória, situada na Avenida Conde de Margaride, numa cerimónia que contou com a presença de Domingos Bragança, Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, do Presidente da Fundação Millennium BCP, Fernando Nogueira, e do Administrador da Fundação, Artur Luna Pais, além de Enrique Saíz, Diretor Geral de Património e Bens Culturais da Junta de Castilla y Léon.
«O nosso património edificado e imaterial testemunha as raízes da nossa Fundação. As pedras do Centro Histórico transmitem afetos e emoções e Guimarães sabe cuidar bem do seu estatuto e da responsabilidade que tem. Quando partilhamos conhecimento, estamos a somar e comunicar o Património, de uma forma original e inovadora, também contribui para termos uma sociedade com base na cultura e no conhecimento», considerou Domingos Bragança.
A realização de uma Warm Up, dedicada aos “Números do Património em Portugal e Espanha”, serviu de antecâmara do evento, tendo sido dados a conhecer estudos de impacto económico do setor cultural, além de se ter procedido à assinatura de protocolos de âmbito nacional com a Fundação Millennium BCP e com a Câmara Municipal de Guimarães e de âmbito internacional entre a Feira do Património de Portugal e de Espanha.
Este é um evento pioneiro que pretende promover o setor do Património Cultural enquanto bem que cria valor económico e social, sendo fator de atração turística, gerador de receitas e fomentador do emprego. A Feira do Património é um encontro de profissionais do meio, alargado a outros agentes económicos dos setores da Economia e do Turismo, numa sinergia potenciadora de novos negócios e fortalecimento de um mercado com grande potencial de desenvolvimento.
«Vivemos num mundo global e homogéneo e temos de nos diferenciar e mostrar, com orgulho, o que é nosso. Em 2012, Guimarães foi Capital Europeia da Cultura e, em 2014, ao continuar a realizar eventos com dimensão, não encara a atividade cultural como ponto de chegada, mas como ponto de partida. Assim sendo, Guimarães será considerada, em permanência, a Capital da Cultura da Europa», afirmou Fernando Nogueira, Presidente da Fundação Millennium BCP.
EXPERIÊNCIAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS NA COMUNICAÇÃO DO PATRIMÓNIO
A Feira é também um evento que pretende demonstrar como o Património Cultural pode ter um lado lúdico e pedagógico valioso, apresentando, desta forma, uma programação paralela de eventos culturais para o público generalista com gastronomia, vinhos, música, ateliers, demonstrações de técnicas tradicionais ao vivo, animação pedagógica, conferências e debates.
“Comunicar Património”, o tema deste ano, parte da premissa de que o património só existe na medida em que existem pessoas disponíveis para experimentá-lo, consumi-lo e visitá-lo. A comunicação estabelecida entre o recurso e o seu utilizador é a questão-chave para entender que pressupostos estão por detrás de uma maior dinâmica de visitação e consumo de património.
A Feira do Património 2014 contará igualmente com a realização de um Seminário Internacional. O objetivo é conhecer experiências internacionais e nacionais no âmbito da comunicação em património, mas também perceber a visão de visitantes e de profissionais da comunicação do setor.
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