Guimarães solidária com “irmã” Rio de Janeiro após incêndio no Museu Nacional

O Presidente da Câmara Municipal de Guimarães manifestou total solidariedade ao Prefeito do Rio de Janeiro, cidade com quem é geminada desde 1998, na sequência do incêndio que afetou o acervo do Museu Nacional, um dos mais históricos e científicos do país, com cerca de 20 milhões de peças.

A instituição, criada há 200 anos, foi fundada por João VI, de Portugal, e era o mais antigo e um dos mais importantes museus do Brasil. O incêndio deflagrou na noite de domingo e ao longo da madrugada desta segunda-feira, 3 de setembro.

“Esta não é apenas uma perda para o povo brasileiro, é também uma perda para Portugal, tratando-se o Museu Nacional do Rio de Janeiro de um marco importante da História luso-brasileira. Mas é também uma perda para Guimarães, em virtude dos laços que unem as nossas duas cidades e que se têm fortalecido pelas duas décadas de geminação e consequente cooperação”, pode-se ler na missiva dirigida ao Prefeito Marcelo Crivella.

“A perda de tão grande acervo é ainda uma irreparável perda para a Cultura e Memória universais. A memória tece a nossa identidade e é vital para a nossa própria existência. A memória é capaz de alterar o mundo e a perceção que dele temos, reclamando um papel importante na cultura como um todo. A memória liga passado e presente, projetando o futuro. A Cultura fica mais pobre, indelevelmente”, considera Domingos Bragança.

“Nestes dias tristes, após a notícia que nos abalou, o Município de Guimarães não pode ficar indiferente à dor que todos os brasileiros sentem nesta hora difícil, em que se perde um vasto património no âmbito da História, da Cultura e da Ciência. É com profunda consternação que assistimos à distância a esta tragédia, motivo pelo qual, enquanto representante de todos os Vimaranenses, lhe quero manifestar a nossa total solidariedade”, conclui o texto.