Joana Gama & Luís Fernandes reencontram-se em Guimarães
Dupla artística apresenta o seu mais recente trabalho a 22 de janeiro (21h30) no Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor
Janeiro é sempre um mês de começos, recomeços, encontros e reencontros. E abrir os olhos e despertar os ouvidos para receber o encantamento que a música (nos) traz à vida é uma das melhores formas de iniciarmos um ano e nos reencontramos e relacionarmos com a arte. E A Oficina, em Guimarães, propicia-nos este reencontro ao som do piano de Joana Gama e da eletrónica de Luís Fernandes, artistas que nos revelam o seu mais recente projeto no dia 22 de janeiro (sábado), às 21h30, no Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor (CCVF). Composto por uma longa e única peça musical, “There’s No Knowing” tem as suas origens no convite para a criação da banda-sonora da série televisiva “Cassandra” (RTP2), com direção artística de Nuno M. Cardoso.
Logo após a estreia na Culturgest, Joana Gama e Luís Fernandes rumam ao CCVF para apresentar em Guimarães o seu mais recente trabalho. Desde “Quest” (Shhpuma, 2014), que Joana Gama e Luís Fernandes mantêm um diálogo contínuo, que aceita ruturas constantes e explorações sonoras novas na sua música. A continuidade existe na harmonia do seu trabalho, o encontro das linguagens de ambos, uma comunicação permanente que respeita os ritmos de ambos e que sabe responder a desafios, como aconteceu com “Harmonies” (Shhpuma, 2016) em que trabalharam a herança de Satie com Ricardo Jacinto, “At The Still Point Of The Turning World” (Room40, 2018) onde – a convite do Westway LAB e em coprodução com A Oficina e o Município de Guimarães – a dupla criou e se apresentou em conjunto com a Orquestra de Guimarães – ou “Textures & Lines” (Holuzam, 2020) que cocriaram com o Drumming GP.
O novo projeto colaborativo do duo, “There’s no knowing”, abre com o piano de Joana Gama ao qual a eletrónica de Luís Fernandes se vai juntando. Esta parceria, que continua a surpreender-nos tanto através da identidade única como a nível sonoro e estético, apresenta em palco o resultado de um desafio originalmente lançado por Nuno M. Cardoso, diretor artístico da série televisiva “Cassandra” (RTP 2). Apresentando em palco uma derivação do trabalho de composição, numa abordagem pensada para o contexto de concerto e edição fonográfica, esta peça cresce numa espécie de sussurro entre os dois e desenvolve-se num progressivo jogo de proximidade. À medida que se avança nesta aventura pulsante chamada “There’s no knowing”, há uma maior interligação entre os elementos e a consumação do que Joana e Luís fazem em conjunto: puxar o melhor de cada um deles.
Joana Gama (Braga, 1983) é uma pianista portuguesa que se desdobra em múltiplos projetos quer a solo, quer em colaborações nas áreas do cinema, da dança, do teatro, da fotografia e da música.
Apesar de inicialmente ter decidido dedicar-se à música com o intuito de continuar a herança associada a uma ideia de música clássica, uma série de acontecimentos em cadeia foram-na desviando de um caminho que julgava ser o seu. Daí que os últimos anos – para além dos recitais – tenha incluído colaborações com múltiplos artistas relacionados com diversas vertentes artísticas como são é o caso de Luís Fernandes (Braga, 1981), músico, artista sonoro e programador cultural que desenvolve o seu trabalho paralelamente nas áreas da composição musical, performance e curadoria artística.
Sendo dirigido a pessoas maiores de 6 anos de idade, este concerto já tem os respetivos ingressos disponíveis pelo valor 10 euros ou 7,5 euros com desconto, podendo ser adquiridos online em aoficina.pt e presencialmente nas bilheteiras de equipamentos geridos pel’A Oficina como o Centro Cultural Vila Flor (CCVF), o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), a Casa da Memória de Guimarães (CDMG) ou a Loja Oficina (LO), bem como nas lojas Fnac, Worten e El Corte Inglés.
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