Conselho Consultivo da Estrutura de Missão desperta a necessidade de proteção dos recursos hídricos
Agência Portuguesa do Ambiente em parceria com o Município de Guimarães no processo de melhoria contínua do bom estado das massas de água.
As diferentes dimensões dos recursos hídricos, despoletou o debate na segunda reunião do Conselho Consultivo da Estrutura de Missão Guimarães 2030, realizada esta sexta-feira, 15 de novembro, no Laboratório da Paisagem.
A Vereadora do Ambiente, Sofia Ferreira, realçou o “compromisso assumido pela Câmara de Guimarães em seguir o caminho do desenvolvimento sustentável” e destacou “o conjunto de ações e o envolvimento da comunidade para atingir este objetivo”. Sofia Ferreira apelou à “sensibilização” e garante a necessidade de maior “fiscalização” no sentido de proteger os recursos hídricos.
Em representação da Vimágua, o Presidente do Conselho de Administração deu conta de um trabalho em conjunto com as instituições e organizações não governamentais para a “salvaguarda das linhas de água”. Armindo Costa e Silva defende uma atenção global sobre “a qualidade da água” partilhando “a responsabilidade” com os Municípios a jusante de Guimarães.
Nesta reunião destacou-se ainda a participação da Agência Portuguesa do Ambiente. “É uma honra fazer parte da Estrutura de Missão Guimarães 2030, e deste Conselho Consultivo em particular para a área dos recursos hídricos e contem com o nosso empenho para levar esta missão a bom porto”, declarou Lara Carvalho na intervenção inicial. “É importante um trabalho em conjunto para ajudar a alcançar o bom estado da água”.
As conclusões desta segunda reunião do Conselho Consultivo, no âmbito da Estrutura de Missão para o Desenvolvimento Sustentável, Guimarães 2030, serão vertidas para o Conselho Especializado nesta área que conta com a participação de várias entidades, como a Agência Portuguesa do Ambiente, Águas do Norte, Tratave, Câmara Municipal de Guimarães, Laboratório da Paisagem, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e Universidade do Minho.
Entre as principais preocupações, prioridades e ideias para proteger e tratar o recurso da água, os diferentes grupos de trabalho consideraram os seguintes aspetos: mais separação das águas pluviais e residuais, mais sensibilização, mais monitorização e informação ao público, mais fiscalização, mais responsabilização pessoal, mais coimas, criação de sistemas de descriminação positiva quem investe e está a fazer algo positivo, existência de um manual de boas práticas para empresas e trabalhar no sentido de criar praias fluviais. Foi igualmente focado o aspeto positivo da existência das Brigadas Verdes, devendo ter acesso às margens dos rios que estão na posse de privados, para promoverem ações de limpeza. Ficou patente a necessidade de multiplicar estas sessões do conselho consultivo focadas no tema dos recursos hídricos e também incorporar uma dimensão mais técnica.
A coordenadora da Estrutura de Missão, Isabel Loureiro, enalteceu o “interesse” e a “vontade de participação” dos vimaranenses nestas ações. “Esta segunda reunião do Conselho Consultivo registou uma participação voluntária que ultrapassou a capacidade que inicialmente tínhamos definido, em sinal da vontade que as pessoas têm em integrar este compromisso e debater ”, salientou.
As sessões decorrem do funcionamento da Estrutura de Missão para o Desenvolvimento Sustentável Guimarães 2030, cujo Conselho Consultivo está representado por mais de 400 organizações do concelho, aliando o conhecimento científico à gestão do território, com a presença da Universidade do Minho (UMinho), Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro (UTAD), Universidade das Nações Unidas (UNU E-GOV) e o Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA).