Guimarães focada em apoiar os investidores locais e atrair novos negócios
Durante a sessão os oradores tiveram a oportunidade de partilhar as suas visões do território e de futuro.
Ao final da tarde do dia 20 de abril, o balcão Master do Novobanco em Guimarães foi palco do debate ECO Local/Novobanco, para uma análise à realidade económica do concelho. Esta iniciativa, que percorre o país para refletir sobre os desafios e oportunidades económicas das diferentes regiões, sentou à mesa o vereador da Câmara Municipal de Guimarães, Paulo Lopes Silva, o administrador do Novobanco, Luís Ribeiro, assim como os empresários Fortunato Frederico, CEO da Kyaia — um dos maiores fabricantes nacionais do setor do calçado –, e Isidro Lobo, CEO da Jordão, um dos líderes europeus em equipamentos de refrigeração para supermercados e restauração. A moderação foi feita por António Costa, diretor do ECO.
Durante a sessão os oradores tiveram a oportunidade de partilhar as suas visões do território e de futuro. Com este painel, foi possível perceber como é que o poder local, as empresas e a banca interpretam a realidade do território e o que está a ser pensado e desenvolvido para fazer face aos desafios contemporâneos.
No caso do poder local, Paulo Lopes Silva, vereador da Câmara Municipal de Guimarães, destacou a importância de valorizar as empresas já estabelecidas no município, bem como a necessidade de criar novas oportunidades para o crescimento económico da região – tendo no novo Plano Diretor Municipal uma oportunidade. Do ponto de vista estratégico, a aposta pública para atração de investimento será na interligação das políticas de desenvolvimento do território através da Ciência, Cultura e Criatividade, sempre com a sustentabilidade ambiental como pano de fundo. Neste ponto, importa referir que Guimarães tem uma posição privilegiada, por força das políticas públicas municipais que têm vindo a ser implementadas e que culminam na candidatura a Capital Verde Europeia. Esta circunstância facilitará a captação de fundos no novo quadro comunitário em vigor, Portugal 2030, que obriga a determinados pressupostos de sustentabilidade ambiental para que uma candidatura possa ser bem-sucedida.
Desenvolvimento económico com pessoas no centro
Não é só no desenvolvimento económico que tem existido investimento: as pessoas são o centro das políticas públicas. É importante “apoiar a integração dos trabalhadores migrantes, oferecendo formação bilíngue e ensino de português como Língua Estrangeira, seguindo aquilo que é o exemplo do Agrupamento de Escolas de Moreira de Cónegos”, afirma Paulo Lopes Silva. Guimarães é uma cidade multicultural, com alunos de 46 nacionalidades diferentes no universo escolar, o que torna ainda mais importante a promoção da inclusão social e profissional.
Neste sentido, e identificando a necessidade de trabalhadores no território, a Câmara Municipal está a desenvolver a Academia de Transformação Digital, que procura promover o upskilling e reskilling dos trabalhadores. A ideia é suprir as necessidades do mercado de trabalho local, que muitas vezes não encontra resposta no território, através de investimentos públicos na transformação dos recursos humanos, sem nunca esquecer que a transformação digital está também ligada ao modelo de organização, no qual estão os empresários que devem estar receptivos à formação na área digital.
Paulo Lopes Silva destaca ainda que a oportunidade que constitui o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), nomeadamente, quanto às agendas mobilizadoras, nas quais as empresas e as instituições de ensino superior da região estão fortemente empenhadas, e resultarão numa transformação do território.
Notícias relacionadas
-
Guimarães Representada no IX Encontro Ibérico de Gestores do Património Mundial em Sintra
Guimarães Representada no IX Encontro Ibérico de Gestores do Património ...
16 Set -
Guimarães recebe a 5.ª etapa do 33.º Grande Prémio de Ciclismo Jornal de NotíciasDestaque Homepage
Guimarães recebe a 5.ª etapa do 33.º Grande Prémio de Ciclismo Jornal de ...
28 Ago