12ª edição do GUIdance abraça a diferença e dança com ela


Arranca hoje mais uma edição do Guidance que, nas palavras de Claudia Galhós, vai "reivindicar amor e felicidade."
Nesta 12ª edição do GUIdance, que decorre de 2 a 11 de fevereiro, a trans_formação em curso vai colocar-nos novos problemas e sugerir modos (mais) sensíveis de agarrar a felicidade que nos aguarda. Isto, ao longo de onze espetáculos – entre estes, quatro estreias nacionais, duas coproduções e três projetos selecionados para a Aerowaves Twenty22 (rede europeia que A Oficina integra com a representação do Centro Cultural Vila Flor), três conversas pós-espetáculo, duas masterclasses, dois debates, visitas de embaixadores da dança a quatro escolas de Guimarães, uma exposição, uma oficina para famílias e ainda a exibição do registo integral do espetáculo “Endless”.
O programa deste ano destaca a Companhia Dançando com a Diferença com três obras e fecha com “Jungle Book reimagined” de Akram Khan, numa clara alusão à importância do humanismo e da relação com a Natureza. Os holofotes apontam igualmente para criadores portugueses e estrangeiros – como Gaya de Medeiros, Jesús Rubio Gamo, Marco da Silva Ferreira, Rui Horta, François Chaignaud, Tânia Carvalho, Jacopo Jenna, Alfredo Martins, Cassiel Gaube e Vânia Doutel Vaz – que desfilam nos palcos do Centro Cultural Vila Flor (CCVF), do Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) e do Teatro Jordão, ainda com atividades paralelas a estender-se até à Casa da Memória e escolas, para navegar em conjunto com o público pelos vários espaços da cidade de Guimarães.
A propósito desta edição, o diretor artístico do festival, Rui Torrinha, refere que "sendo um lugar de especulação sobre o impossível, o GUIdance é ao mesmo tempo um lugar de trans_missão e de trans_formação do ser.” E é nesse mesmo âmbito que “Esse sentido dos corpos ‘outros’ vai estar na linha da frente desta edição. Esses que fogem à norma seja ela qual for, porque a sua natureza está em permanentemente processo de super_ação.”
A edição de 2023 do festival dá o primeiro passo já hoje, 2 de fevereiro (quinta-feira), às 21h30, com uma celebração onde um coletivo de pessoas trans experimenta um ritual de afetos e fábulas. “BAqUE”, de Gaya de Medeiros, é um espetáculo-concerto coproduzido por A Oficina / Centro Cultural Vila Flor que procura responder à pergunta “e se o meu corpo não viesse antes de mim, eu falaria sobre o quê?”, propondo (re)narrar o mundo e as relações que nos conectam com a existência: falar de tudo o que nos vibra na vida e de tudo o que nos faz parar de vibrar nela.
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