Câmara de Guimarães assina protocolo para premiar melhor investigador de ciências

Galardão anual no valor de 15 mil euros tem como objetivo reconhecer méritos científicos e incentivar alunos para a investigação. Ao nome do prémio foi acrescentado o epíteto “Duque de Guimarães”.
A Câmara Municipal de Guimarães, a Universidade do Minho e a Fundação D. Manuel II assinaram um protocolo de cooperação para estabelecer o “Prémio Príncipe da Beira à Investigação e Ciência”, designação à qual se acrescentou o epíteto de “Duque de Guimarães”, durante a cerimónia realizada no Salão Nobre dos Paços do Concelho.
Através da assinatura deste acordo, as três entidades pretendem distinguir a excelência da investigação e contribuir para abrir novos caminhos na investigação aplicada e ética no domínio das Ciências Biomédicas. O prémio, no valor de 15 mil euros, reconhecerá anualmente um plano de trabalhos a realizar por um(a) investigador(a), de nacionalidade portuguesa ou estrangeira, incluindo estudantes oriundos dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOPS) e com idade inferior a 40 anos.
O prémio visa igualmente promover o apoio à investigação básica e translacional na área das Ciências, contribuindo para o desenvolvimento de terapias avançadas, além de impulsionar o desenvolvimento de uma nova geração de investigadores multidisciplinares com formação focada nas áreas de Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa, entre outras.
A atribuição desta bolsa tem ainda como objetivo fortalecer a capacidade de atrair recursos humanos altamente qualificados, a nível nacional e internacional, através de uma política de colaboração ativa interinstitucional envolvendo diferentes instituições de investigação e entidades financiadoras.
Com a assinatura deste protocolo, a Câmara Municipal de Guimarães, Universidade do Minho e Fundação D. Manuel II reforçam o seu papel de apoio ao desenvolvimento de uma política nacional para a investigação científica. «Este prémio fortalece o estatuto de Guimarães enquanto cidade universitária e produtora de conhecimento», disse Domingos Bragança, Presidente da Autarquia.
O “Prémio Príncipe da Beira à Investigação e Ciência” será coordenado, sem compensações financeiras, por um Conselho Diretivo e por uma Comissão Científico-Técnica, cujos elementos, de reconhecido prestígio e ligados ao campo científico, vão agora tomar posse depois de assinado o protocolo de cooperação. «Vamos ter muitos bons planos e muitos cientistas, demonstrando que, em Portugal, também se faz boa ciência», afirmou Rosa Vasconcelos, representante da Universidade do Minho nesta sessão.
Depois da assinatura do Protocolo de Cooperação, realizou-se uma visita ao Centro Histórico de Guimarães, seguindo-se um momento musical no Auditório da Academia de Música Valentim Moreira de Sá. «Para mim, é uma grande emoção assinar esta parceria, que se destina também à promoção da lusofonia e à união de afetos. Guimarães preserva a memória de um povo e um povo sem memória não tem muito futuro», referiu D. Duarte, manifestando o desejo deste protocolo ser replicado noutras regiões do país.