Castanheiro-da-Índia / Horse-Chestnut
Nome Comum / Common Name:
Castanheiro-da-Índia / Horse-Chestnut
Nome Científico / scientific name:
Aesculus hippocastanum L.
Família / Family:
Sapindaceae
Ordem / Order:
Sapindales
Sub-classe / Sub-class:
Rosidae
Classe / Class:
Magnoliopsida
Descritor / Descriptor:
L.
Distribuição Geral / Main Distribution:
Noroeste da Grécia; Albânia; Bulgária / NW Greece; Albania; Bulgaria
Época Floração / Flowering time:
abril-junho / April-June
Património:
No Monte Latito, junto ao Largo de acesso ao Paço dos Duques encontra-se um Castanheiro-da-Índia que foi classificado de Interesse Público, em 17 de Junho de 2011 (Aviso nº8, de 17 de Junho de 2011). A árvore caíu devido aos ventos fortes em Janeiro de 2016. No interior do Paço dos Duques poderá encontrar uma obra do escultor Paulo Neves criada a partir da madeira desta árvore caída que retrata a Dona Constança e o Duque de Bragança.
Heritage:
In the Mount Latito, next to the square that grants access to the Ducal Palace, there is a Horse Chestnut that had been classified as of Public Interest, on June 17, 2011 (Aviso n.º 8 of June 17, 2011). The tree fell due to strong winds in January, 2016. Inside the Ducal Palace there is a piece, from the sculptor Paulo Neve,s created from the wood of this fallen tree that depicts the Duke and Duchess of Braganza, Afonso and Constança.
História e aplicações:
O epíteto Aesculus já utilizado pelos Romanos para designar a azinheira, foi aplicado ao castanheiro-da-Índia pela semelhança das sementes e frutos espinhosos com as bolotas e respectivas cúpulas (glandes) dos carvalhos. O restritivo hippocastanum, de origem grega, significa castanha dos cavalos. Matthioli utilizou este nome visto que a encomenda dos ramos e frutos continha também a informação que os turcos davam os frutos aos cavalos para lhes conferirem mais força. Embora o nome o indique, o castanheiro-da-Índia não é nativo da Índia. Ao mesmo tempo, a sua designação como castanheiro vem do facto de as suas sementes se parecerem com o fruto do castanheiro (Castanea sativa L.) (a castanha), no entanto são sementes e não frutos. O óleo das sementes é, por vezes, utilizado na alimentação humana assim como a fécula, após lavagem prévia com água alcalina. Durante a II Guerra Mundial, quando houve escassez de alimentos, utilizaram-se 1500 toneladas destas castanhas na alimentação e para fins medicinais. A nível medicinal é utilizada no tratamento de insuficiência venosa, varizes e também serve para complementar o tratamento de hemorróidas e flebites. Segundo a história as sementes do castanheiro-da-Índia eram utilizadas para curarem afecções pulmonares dos cavalos. A farinha da semente é utilizada também em cosmética e a polpa no fabrico de sabões. A madeira do castanheiro-da-Índia é branco-amarelada, pouco resistente, ardendo com facilidade, resistindo mal às variações de humidade. É utilizada para fabrico de caixas, particularmente para o transporte de fruta, por ser porosa; utensílios de cozinhas e bengalas. Antigamente utilizava-se a casca, que é amarga e fortemente adstringente, como febrífuga e para evitar a fragilidade capilar. Da casca obtém-se uma tinta vermelha. A decocção ou infusão da casca é usada internamente para combater hemorragias uterinas e hemorroidárias, bronquite crónica, inflamações do aparelho digestivo, artrites, nevralgias e reumatismo. O uso externo desta infusão é aplicado para tratar eczemas, feridas e queimaduras. A infusão alcoólica das flores secas é usada contra dores reumáticas, nevralgias e artrites.
History and applications:
The epithet Aesculus, already used by the Romans to designate the holmoak, was applied to the horse-chestnut.
This happened due to the similarity of the seeds, of the thorny fruit with acorns and to the treetops. Hippocastanum, of Greek origin, means horse-chestnut. Matthioli used this name since the order for branches and fruits contained the information that the Turks gave the fruit to horses to increase their strength. Although its name, in Portuguese, is Indian Chestnut, the tree is not originally from such country. Also, its designation as chestnut derives from the fact that its seeds resemble the fruit of the chestnut tree (Castanea sativa L.), however they are seeds, not fruits. The oil of the seeds is occasionally used in human nutrition as well as the starch, after washing it with alkaline water. During World War II, when there was a shortage of food, 1500 tons of these nuts were used for nutrition and medicinal purposes. Substances that derive from the tree may be used in the treatment of venous insufficiency, varicose veins and also help to complement the treatment of haemorrhoids and phlebitis. According to chronicles, horse-chestnut seeds were used to cure horse lung diseases. The seed flour is also used in cosmetics and its pulp in the manufacture of soap. Its yellowish-white wood is of low resistance, it burns easily and it resist badly to humidity changes. It is used for production of boxes – particularly for transporting fruit, as it is quite porous – kitchenware and canes. Formerly, the bark, which is bitter and strongly astringent, was used as febrifuge and to avoid capillary fragility. From the bark one may also obtain a red ink. A decoction or infusion of the bark is used internally to treat uterine and haemorrhoidal bleeding, chronic bronchitis, digestive inflammation, arthritis, neuralgia and rheumatism. The external use of this infusion is used to treat eczema, wounds and burns. An alcoholic infusion of dried flowers is used to treat rheumatic pain, neuralgia and arthritis.