SERÃO AS BICICLETAS E OU AS TROTINETAS ELÉTRICAS UMA ALTERNATIVA PARA OS VIMARANENSES?

Serão as bicicletas e ou as trotinetas elétricas uma alternativa para os Vimaranenses?
O Município tem desenvolvido diversas ações na persecução da sustentabilidade, em diferentes áreas de atuação, salientando-se para o caso a da mobilidade, em consonância com o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável.
O incremento da mobilidade constitui um objetivo estratégico municipal, visando a redução da presença do automóvel individual na repartição modal das deslocações no concelho, potenciando a sua migração para os modos ativos – pedonal e ciclável, e para o transporte público coletivo, rodoviário e ferroviário.
Neste percurso têm sido criadas infraestruturas e serviços para a alteração das práticas de mobilidade tradicionais, induzindo comportamentos e práticas que potenciam a descarbonização nos transportes, quer o transporte público de passageiros, quer o transporte individual.
A promoção dos modos suaves viabiliza a adoção de políticas de gestão da mobilidade mais amigáveis, tornando, simultaneamente, as cidades mais humanizadas, contribuindo para a resolução de problemas relacionados com o tráfego automóvel e o estacionamento. A utilização de velocípedes constitui um modo não poluente, de elevada eficácia em pequenas distâncias e ou em meio urbano, pouco suscetível a congestionamentos de trânsito e de baixo custo, garantindo uma superior velocidade de deslocação e, consequentemente, uma redução do tempo despendido na mesma.
Os modelos de mobilidade de curta deslocação e ou de last mile têm registado um assinável crescimento em diferentes cidades, através do recurso a velocípedes, designadamente bicicletas e trotinetas, com ou sem motor auxiliar, reduzindo o congestionamento automóvel e do espaço afeto ao mesmo, e mitigando o ruído e a emissão de poluentes associados aos transportes que fazem uso de combustíveis fósseis.
À semelhança de outras cidades, nacionais ou internacionais, Guimarães registou diversas intenções de empresas cujo objeto visa a oferta de soluções de mobilidade como um serviço, pelo que, após a “normalização” da presença de velocípedes, nomeadamente as trotinetas, fortemente impulsionada pelas gerações mais novas e pelo turismo, em 2021 foi dado início ao processo para a sua introdução no concelho, com a aprovação do “Regulamento Municipal para a Atividade de Partilha de velocípedes”, por forma a constituir uma alternativa adicional à mobilidade urbana, tornando os cidadãos mais ativos e eco-cidadãos.
Este processo culminou na realização de um procedimento público para a atribuição de duas licenças para a atividade de partilha de velocípedes, num total de 800 velocípedes, distribuídos obrigatoriamente por 400 bicicletas, com ou sem motor elétrico, e 400 trotinetas, com motor elétrico, e permanência em núcleos urbanos do concelho, designadamente na Cidade e nas Vilas do concelho.
O próximo mês de julho – data em que se inicia a atividade de partilha de velocípedes - pode representar uma nova rutura nos hábitos de mobilidade em Guimarães, à semelhança do ocorrido em janeiro último, com a nova concessão do serviço público de transporte de passageiros, pelo que aguardamos, com expectativa, a resposta vimaranense às tradicionais opções no transporte individual, particularmente em veículo próprio.
Rui Castro
Chefe da Divisão de Mobilidade e Transportes