Guimarães acolheu Planetiers Day e reforçou compromisso com a sustentabilidade


Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, sublinhou a centralidade da educação e destacou ciência, cultura e educação como pilares de uma cidade verde.
O Laboratório da Paisagem foi esta quinta-feira, 5 de junho, palco de mais uma edição do Planetiers Day, um encontro internacional de inovação e sustentabilidade que juntou especialistas, investigadores, autarcas, empreendedores e artistas para refletir sobre os grandes desafios ambientais do presente e do futuro.
Numa altura em que Guimarães se prepara para assumir, em 2026, o título de Capital Verde Europeia, o evento marcou um momento de afirmação do percurso coletivo da cidade rumo à regeneração ecológica e social.
A sessão de abertura contou com a intervenção do presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, que destacou o papel das cidades no combate à crise climática, sublinhando que “a sustentabilidade começa na forma como educamos, cuidamos e nos relacionamos com o planeta”. Para o edil, “não há transição ecológica sem educação” e acrescentou: “A nossa estratégia assenta em três eixos estruturantes: ciência, educação e cultura. São estas as alavancas da mudança que estamos a construir em Guimarães, com o envolvimento de todos.”
Durante a sua intervenção, Domingos Bragança sublinhou que “a Capital Verde Europeia não é um prémio, é uma responsabilidade. É o reconhecimento de um caminho feito com os nossos cidadãos, com as instituições científicas, com os jovens e com a sociedade civil.” Defendeu ainda que “a educação tem de ser o centro de todas as políticas públicas se quisermos garantir um futuro habitável. Educar para a sustentabilidade é garantir justiça entre gerações.”
O Planetiers Day decorreu ao longo de todo o dia, com momentos de debate, apresentações de projetos inovadores e performances artísticas. Entre os oradores estiveram Adelina Pinto, vereadora da Educação e da Candidatura a Capital Verde da Câmara Municipal, Sofia Ferreira, vereadora da Ação Climática, o professor Mohan Munasinghe, Prémio Nobel da Paz em 2007, e a ativista indígena We’e’ena Tikuna, que partilhou uma perspetiva ancestral sobre a preservação da biodiversidade.
Painéis como “Green Cities: From Decarbonization to Regeneration” e “Saúde e Bem-Estar na Era das Mudanças Climáticas” mostraram o compromisso do território com uma abordagem transversal e humanista às questões ambientais. O evento foi moderado pela jornalista Estela Machado e encerrou com uma palestra inspiradora do professor Munasinghe sobre o futuro da humanidade em tempos de incerteza.
No encerramento, ficou clara a mensagem: Guimarães quer continuar a ser uma cidade-laboratório, onde se pensa globalmente e se age localmente, com a educação como fio condutor da ação climática.
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