Arquivo Municipal de Guimarães reúne em catálogo cartas enviadas ao seu primeiro diretor
Apresentação marcada para a próxima quarta-feira, ao final da tarde. Publicação revela correspondência enviada ao primeiro diretor do Arquivo por ilustres personalidades, entre elas, Egas Moniz, João de Barros ou Guerra Junqueiro. Iniciativa assinala 81º aniversário da sua abertura ao público.
O Arquivo Municipal Alfredo Pimenta, em Guimarães, realiza uma sessão pública nas suas instalações, na próxima quarta-feira, 14 de outubro, pelas 18 horas, onde irá apresentar o catálogo “Alfredo Pimenta - Correspondência Recebida”. A sessão, que está incluída no programa de comemorações dos 81 anos da sua abertura oficial, na altura, no edifício dos antigos Paços do Concelho, terá a apresentação do Professor Luís Reis Torgal, sendo inaugurada posteriormente uma mostra documental sobre o seu primeiro diretor.
O Arquivo Municipal Alfredo Pimenta foi criado pelo decreto nº 19.952, de 27 de junho de 1931. Por determinação deste decreto, o Arquivo reúne, conserva, cataloga e faculta, oportunamente, à leitura e consultas públicas os documentos do arquivo da extinta Colegiada de Guimarães, os documentos do antigo recolhimento do Anjo, processos crimes, cíveis e orfanológicos, livros dos cartórios e tabeliães extintos, livros paroquiais do concelho, todos os documentos, livros, processos e estatutos provenientes de irmandades, corporações e repartições extintas.
Esta atribuição confere-lhe funções de Arquivo Distrital para a área do concelho de Guimarães, tornando-o único no país. Entre 1931 e 1934, o Arquivo ocupou o segundo andar da Casa de Martins Sarmento, no Largo do Carmo, onde laboriosamente trabalhou Rodrigo Pimenta na catalogação e inventariação de centenas documentos. Em 1934, a casa foi ocupada, a título provisório, pela Câmara Municipal de Guimarães e pelos Serviços de Repartições de Finanças.
Da Oliveira a Santa Clara até às atuais instalações
Nesta altura, o Arquivo Municipal mudou-se para o antigo edifício dos Antigos Paços do Concelho, no Largo da Oliveira, onde a 14 de outubro de 1934 se assistiu à abertura solene. A 29 de fevereiro de 1952, por portaria publicada no Diário do Governo nº 51, II série da mencionada data, passou a designar-se Arquivo Municipal Alfredo Pimenta, em homenagem àquele que foi seu Diretor cerca de 20 anos.
Em 1963, o Arquivo foi transferido para algumas dependências do Convento de Santa Clara, por razões de segurança, já que o edifício se encontrava em perigo de ruína. A 23 de julho de 1964, por determinação da Inspeção Superior de Bibliotecas e Arquivos, passou a incorporar os livros paroquiais do concelho de Guimarães, incluindo aqueles que se encontravam no Arquivo Distrital de Braga. Entre 1973 e 24 de junho de 2003, o Arquivo Municipal Alfredo Pimenta esteve instalado na Capela do Convento de Santa Clara.
No âmbito do Programa de Apoio à Rede Nacional de Arquivos Municipais (PARAM), do Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, verificou-se uma comparticipação financeira para a sua instalação num edifício já existente, denominado “Casa Navarros de Andrade”, inaugurado no dia 24 de junho de 2003, Dia Um de Portugal, comemoração da Batalha de S. Mamede. Com a adaptação da Casa Navarros de Andrade, resolveu-se uma das preocupações mais prementes, a salvaguarda, preservação e acesso à memória coletiva de Guimarães.
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