Concerto da Orquestra do Norte em Guimarães assinala Dia Mundial da Música
Espetáculo com início às 22 horas, no CCVF, tem entrada gratuita. Bilhetes estão disponíveis para um máximo de dois ingressos por pessoa.
O Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor recebe esta quinta-feira à noite, 01 de outubro, Dia Mundial da Música, um concerto da Orquestra do Norte naquele que é o segundo ciclo de concertos dedicados a Helena Sá e Costa, intérprete e professora com profundas ligações a Guimarães, tanto por laços de família, pelo facto de ter sido a terra natal do avô Valentim Moreira de Sá, como pela programação dos Encontros da Primavera, evento do qual foi diretora artística.
A exigência e o virtuosismo das obras escolhidas para este ciclo pedem a presença de outros grandes nomes da atual cena pianística internacional, como Antonio Di Cristofano e Jania Aubakirova, a que se junta um novo mas já reconhecido valor da música portuguesa, Eduardo Jordão. Neste primeiro concerto do ciclo, com a direção musical de Nuno Côrte-Real, o jovem pianista Eduardo Jordão tem como desafio uma partitura que o próprio Ludwig van Beethoven (1770-1827) tocou na estreia, em 1803, começando aí a aura desta peça.
Para a segunda parte do concerto, a Orquestra do Norte escolheu uma sinfonia, a primeira de Johannes Brahms (1833-1897), que revela a influência e a admiração que o compositor sentia por Beethoven. A peça teria demorado mais de uma década a concluir, dada a exigência e talvez até falta de confiança do autor. Este acabaria por se tornar um dos grandes compositores românticos, completando as suas peças orquestrais de maior fôlego e dramatismo, como esta obra, já numa fase de maturidade criativa.
A criar novos públicos há duas décadas
A Orquestra do Norte concretiza, desde 1992, um projeto de descentralização da cultura musical que tem vindo a ser desenvolvido pela Associação Norte Cultural, desde que esta venceu o primeiro concurso nacional para a criação de orquestras regionais, instituído pelo Estado Português nesse mesmo ano.
Os objetivos básicos que sempre inspiraram a atividade da Orquestra do Norte passam pela criação de novos públicos, pelo apoio à música e aos músicos portugueses e pela constante renovação de um repertório cuidadosamente selecionado. Coerente com esta orientação, tem realizado concertos de norte a sul do país de forma a levar a música clássica a todos os setores da população.
A Orquestra do Norte realiza as obras maiores da história da música, servindo o grande repertório orquestral, do barroco à música contemporânea, dando especial atenção à difusão da música portuguesa.
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