“Guimarães vai ter BRT”, diz o ministro Duarte Cordeiro
A afirmação foi feita durante o ato público de assinatura dos protocolos de implementação de um sistema de intermobilidade sustentável nos territórios do Quadrilátero Urbano.
No final da manhã desta quarta-feira, 3 de maio, no Paço dos Duques de Bragança, teve lugar o ato público de assinatura de três protocolos que vêm permitir, entre outros projetos, iniciar um caminho de implementação de um sistema de mobilidade sustentável nos territórios que compõem o Quadrilátero Urbano (Guimarães, Braga, Famalicão e Barcelos). Em causa, o protocolo entre o Fundo Ambiental e o Município de Guimarães para desenvolvimento do projeto de BRT, o protocolo entre os Municípios de Guimarães e Braga para articulação técnica entre os seus sistemas BRT, e o protocolo entre o Ministério do Ambiente e da Ação Climática, o Ministério da Coesão Social, o Quadrilátero Urbano, a CIM do Ave e a CIM do Cávado para a implementação de um sistema de intermobilidade concelhia para pessoas e mercadorias.
Duarte Cordeiro, Ministro do Ambiente e Ação Climática, na sua intervenção protocolar, não deixou margem para dúvidas quando disse que “Guimarães vai ter BRT”, uma ligação que permitirá que o território vimaranense fique ligado à Alta Velocidade, e deixou uma mensagem de força: “o Quadrilátero Urbano é uma das zonas mais importantes do país”. Para o ministro, a assinatura dos protocolos é um bom exemplo de interação entre os ministérios e os municípios com vista a uma estratégia de mobilidade sustentável que atue no transporte coletivo, na mobilidade elétrica e noutras tecnologias de zero emissões, uma ideia que, momentos antes, tinha sido veiculada por Jorge Delgado, Secretário de Estado da Mobilidade Urbana, quando referiu que os três eixos em que se deve desenvolver a ação da descarbonização são a diminuição das viagens desnecessárias, a organização mais pensada das cidades e a utilização de transportes públicos. Uma mudança que conta com o apoio do Fundo Ambiental que, pela voz do seu diretor, Marco Rebelo, lembrou os esforços tendentes à exponenciação do uso da tração elétrica, mobilidade ciclável e utilização do transporte público.
Ainda por parte do Governo, Ana Abrunhosa, Ministra da Coesão Territorial, relevou a forma rápida como o processo se desenvolveu, desde as primeiras reuniões até à assinatura dos protocolos, e destacou o trabalho de cooperação havido, dentro do Governo e entre municípios, para que fosse possível alavancar uma dinâmica que mostra visão e a estratégia. “Na reunião que tivemos, os nossos autarcas disseram muito claramente o que era prioritário, e foi isso que deu início a todo o processo. Há aqui um polo de desenvolvimento que temos que dar a conhecer ao país, pois trata-se de um ecossistema que dá um enorme contributo à economia nacional”, disse.
Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, na sua qualidade de anfitrião, fez questão de salientar a importância do momento para a região do Quadrilátero Urbano, uma região que considera “uma área metropolitana emergente e de grande importância económica”. O edil lembrou que Guimarães, Braga e Famalicão são três dos concelhos mais exportadores do país, afirmando que um sistema de mobilidade integrada nesse território é fundamental. “Se não resolvermos a mobilidade do território, estaremos a travar o desenvolvimento económico e social da região. Os protocolos que hoje assinamos são fruto do comprometimento do governo, mas também de um trabalho solidário dos municípios que constituem o Quadrilátero Urbano, tendo em vista o desígnio da sustentabilidade. Um caminho longo que necessita de persistência e que contribuirá para maior coesão social e territorial”, disse Domingos Bragança.
Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, lembrou a importância de toda a região no desenvolvimento do país, afirmando que, de uma forma informal, o Quadrilátero Urbano é “uma área metropolitana” e que o seu sistema de mobilidade é crucial para a competitividade económica, para o desenvolvimento turístico e para a sustentabilidade ambiental. Para Ricardo Rio, não faz sentido “olhar para os projetos de forma isolada”. Uma ideia reforçada pela intervenção de Mário Passos, presidente da Câmara Municipal de Famalicão, que se mostrou muito satisfeito pelo início de um processo que se pretende rápido e que peca por não se ter iniciado há mais tempo. Mário Passos disse que todos têm que “dar as mãos” e reivindicar mais ainda, de forma a que o investimento na região seja proporcional ao que a região entrega ao país.
Participaram na assinatura dos protocolos Duarte Cordeiro e Ana Abrunhosa, ministros do Ambiente e da Ação Climática, e da Coesão Territorial, respetivamente, Jorge Delgado, Secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Marco Rebelo, Diretor do Fundo Ambiental, de Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães e da CIM do Ave, Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga e da CIM do Cávado, e Mário Passos, presidente da Câmara Municipal de Famalicão e do Quadrilátero Urbano.
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