Mobilidade urbana sustentável e ligações às estações ferroviárias de alta velocidade são prioridades para Guimarães
As ligações às duas estações de Alta Velocidade, Porto e Braga, são fundamentais para Guimarães.
Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, fez saber que a mobilidade concelhia tem já duas importantes concretizações em curso, que têm como objetivo resolver a ligação entre o sul e o norte do território vimaranense:
- A primeira, trata-se da criação de um canal dedicado que permita a ligação da cidade ao norte do concelho, mais propriamente à Vila das Taipas, por Metrobus ou Metro Ligeiro de Superfície, com posterior interconexão com o sistema de transportes de Braga, para ligação à futura estação ferroviária de Alta Velocidade, sendo a 1ª fase desta ligação, em projeto, a ligação Cidade-Fermentões-Ponte-Taipas.
Mais do que uma ligação à Alta Velocidade, Domingos Bragança descreve esta infraestrutura de mobilidade como de mobilidade sustentável urbana que permitirá um transporte de passageiros fiável e rápido, sem os constrangimentos de trânsito automóvel, que virá alterar a forma como as pessoas se deslocam entre o norte do concelho e a cidade. Como já afirmado pelo presidente da Câmara, para que esta ligação seja possível – recorde-se que o Fundo Ambiental disponibilizou 1 milhão de euros para os estudos tendentes à sua realização –, é fundamental a construção da via do Avepark, via que o edil já rebatizou de “circular do norte do concelho”, uma vez que, além de servir o Centro de Ciência e Tecnologia, servirá igualmente o conjunto de freguesias que se encontram ao longo do traçado previsto, permitindo a construção da via dedicada na atual EN101.
- A segunda concretização é a 1ª fase da ampliação do canal ferroviário entre Guimarães e Porto para via dupla, com a instalação do Serviço Municipal Ferroviário da cidade a Lordelo. Trata-se de um serviço de transporte de passageiros entre a cidade e o sul do concelho, aproveitando os cerca de 80% de inutilização atual, e beneficiando da construção de dupla faixa em pontos determinados pela necessidade do cruzamento das locomotivas, uma solução que Domingos Bragança disse “ser do acordo da Infraestruturas de Portugal”, entidade que tutela a rede ferroviária, e ainda da CP, que opera a ligação entre Guimarães e Porto. Para tal, a autarquia ficará com a posse e gestão das atuais estações e apeadeiros, podendo reabilitá-los ou construir novos, sempre que tal se justifique. Esta solução, para o presidente da Câmara, permitirá garantir um transporte ferroviário municipal, regular e fiável, entre Guimarães e a vila de Lordelo, funcionando como Metro de Superfície Urbano, e abrirá portas para a primeira fase do alargamento total da linha, para via dupla, fundamental e muito necessária, e que permitirá melhorar a ligação ferroviária existente, mas ineficiente, nos dias de hoje, à Alta Velocidade, desta feita através do Porto.
Complementarmente, a EN105, que liga Guimarães a Lordelo, beneficiará de zonas próprias para entrada e saída de passageiros do transporte rodoviário, de forma a mitigar os constrangimentos que atualmente decorrem da paragem dos veículos de transporte coletivo na faixa de rodagem, e dos projetos de obras estruturantes na Rodovia/Salgueiral e Nespereira/ Urbanização do Pedral.
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