Cinco medalhados em Guimarães nas comemorações deste ano do 24 de Junho
Reunião do Executivo Municipal agendada para a próxima quinta-feira delibera a atribuição de medalhas a António Mota Prego, João Gomes Alves, Arménio Sá, Manuel Mendes e João Sousa.
A proposta de atribuição de Medalhas de Honra Municipais a António Mota Prego e João Gomes Alves e a proposta de atribuição das Medalhas de Mérito Municipal a Arménio Sá (Mérito Artístico), Manuel Mendes (Mérito Desportivo) e João Sousa (Mérito Desportivo), no âmbito das Comemorações do 24 de Junho - Dia Um de Portugal, será deliberada na reunião de Câmara desta quinta-feira, 7 de junho.
A proposta apresentada pelo Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, atende aos relevantes contributos para Guimarães das personalidades em apreço, por verificar os pressupostos de excecionalidade previstos no Regulamento de Atribuição de Medalhas Honoríficas Municipais, ou seja, o reconhecimento de relevantes serviços prestados à comunidade vimaranense, ao país ou à humanidade cujos méritos sejam considerados extraordinários.
A Medalha de Honra do Município de Guimarães é o mais alto galardão concedido pelo Município, compreendendo apenas o grau ouro e confere ao agraciado singular o título de “Cidadão Honorário de Guimarães”.
A Medalha de Mérito Municipal compreende apenas o grau ouro e destina-se a distinguir as pessoas singulares ou coletivas, nacionais ou estrangeiras, que se distingam pelo seu significativo contributo em áreas específicas de atividade - social, humanitária, empresarial, cultural, científica, cívica, desportiva, política ou outras - de que advenham assinaláveis benefícios para o prestígio e notoriedade do Município, para a melhoria das condições de vida dos seus munícipes, para a honra da sua história ou para o seu desenvolvimento futuro.
ANTÓNIO MOTA PREGO
Iniciou a atividade profissional de advogado em Guimarães, integrando o escritório do que fora seu patrono, Dr. Eduardo José Salgado Lobo. Iniciou a militância política em 1962 em Coimbra, com ativa intervenção na crise académica desse ano, do que resultou a sua prisão no forte de Caxias durante 10 dias. Participou na atividade clandestina da Oposição ao regime anterior ao 25 de Abril.
Em virtude da sua atividade nos meios oposicionistas ao regime do Estado Novo e das suas amizades no seio da Instituição Militar, assumiu a ligação entre os círculos da Oposição Democrática do distrito de Barga e o Movimento então ainda chamado dos Capitães, enquanto ação preparatória do desencadeamento das operações militares de que resultou o derrube do regime ditatorial.
Imediatamente após a queda da Ditadura teve constante e intensa participação na vida política, a nível local, regional e nacional. Aderiu ao PS em junho de 1975, tendo logo após, em colaboração com outros vimaranenses com os quais militara na oposição à ditadura, fundado a Secção de Guimarães do PS. Foi membro dos corpos gerentes da Associação Convívio e Associação dos Antigos Estudantes do Liceu da Guimarães. Eleito deputado à Assembleia Constituinte, integrou, juntamente com, entre outros, Carlos Candal, Vital Moreira e Marcelo Rebelo de Sousa, a Comissão da Organização do Poder Político.
Foi eleito Vereador da Câmara Municipal de Guimarães em 1976 e 1977. Foi eleito membro da Assembleia Municipal em todos os mandatos autárquicos, à exceção do terceiro. Foi Presidente da Assembleia Municipal de Guimarães no mandato de 1983 a 1986 e nos quatro mandatos decorridos entre 1990 e 2005, num total de 20 anos.
Foi membro do Conselho Distrital do Porto da Ordem dos Advogados no triénio 2002-2004 e continua a exercer a atividade de advogado, que nunca suspendeu desde que a iniciou, atualmente integrado em sociedade de advogados que constituiu com alguns dos seus primeiros estagiários.
JOÃO GASPAR GOMES ALVES
Foi sócio-fundador e participou ativamente na Unidade Vimaranense e na sociedade anónima «Unidade - Sociedade e Empreendimentos» que emergiu dentro daquela com um projeto de desenvolvimento para a Cidade. Foi essa sociedade que adquiriu áreas significativas de terrenos, em parte dos quais construiu a emblemática “Piscina da Unidade”, doando, mais tarde, os restantes ao Vitória Sport Clube. Nessa época, e no contexto da Unidade Vimaranense e do próprio Município, esteve também empenhado na luta pela criação da Universidade do Minho em Guimarães.
Foi eleito duas vezes para presidir à Assembleia Municipal de Guimarães e foi presidente da Comissão Política de Guimarães do PSD e dirigente distrital do mesmo partido. Foi fundador da Associação Luso-Britânica em Guimarães e ainda Presidente da Mesa da respetiva Assembleia Geral.
Foi presidente da Mesa da Assembleia Geral da Associação Comercial e Industrial de Guimarães e também presidiu à Direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Guimarães, no mandato em que se iniciou o processo de construção do atual Quartel.
Atualmente preside ao conselho de administração da Guimapress, SA e preside à Mesa da Assembleia Geral do Centro Social de Nossa Srª do Carmo.
ARMÉNIO SÁ
É autor de várias obras pintadas em todas as técnicas e materiais, tais como carvão, aguarela, acrílico, óleo, vitral, azulejaria artística, ilustração de livros infantis, medalhística, caricatura, retrato, restauro de pintura e imagens, desenho de joalharia, etc. Trabalhou durante cerca de 30 anos na parte criativa de desenho têxtil em várias empresas, e cerca de nove em ourivesaria e joalharia.
Colaborou graciosamente com as inúmeras instituições de Guimarães e nacionais tais como o Jornal o Vitória, o Lions Club, o Círculo de Arte e Recreio, a Marcha Gualteriana, a Liga Portuguesa Contra o Cancro, a Associação dos Dadores Benévolos do Sangue, a Escola Secundária Francisco de Holanda, a Associação de Viajantes e Pracistas de Guimarães, os Velhos Nicolinos e as juntas de freguesia de Urgezes e Mascotelos, tendo desempenhado nesta última o cargo de Presidente da respetiva Assembleia.
Foi coautor das obras Os Senhores da Rua, Fíguras Típicas, e A Alma e Graça das Festas Nicolinas, tendo colaborado em muitas outras edições de livros e romances como ilustrador.
É autor do quadro exposto na sala do Capítulo na Ordem Venerável de S. Francisco, em Guimarães, uma pintura a óleo representando o acordo de paz celebrado naquele local em 1355, entre D. Afonso IV e D. Pedro I.
Foi responsável pela criação dos originais em azulejo do Palacete das Hortas com cerca de 3000 unidades e inaugurado em 22 de Março de 2018.
Tem trabalhos de pintura distribuídos em várias coleções particulares no nosso País e estrangeiro. Expõe regularmente os seus trabalhos desde 1966 em locais como a Associação Convívio, o Círculo Arte e Recreio, a Escola Francisco de Holanda e Escola, a Sociedade Martins Sarmento, o Posto de Turismo da Praça de Santiago, a Ordem dos Médicos do Porto ou a Galeria Metropolitan, de Nova Iorque, onde expôs 10 trabalhos em 2010 a convite de um gestor luso-americano.
Conta ainda com vários prémios no seu curriculum, entre os quais se destacam o da Escola Industrial e Comercial de Guimarães para melhor aluno da disciplina de Desenho, em 1969, o Prémio Governador da Guiné de 1973, General António Spínola ou o 1º prémio na elaboração do troféu "OS DEZ MAIS" 1999, da Rádio Fundação.
MANUEL MENDES
Natural de Guimarães, onde nasceu em 1971, Manuel Mendes é oriundo de família humilde e desde cedo teve de lutar por aquilo que é hoje. Um acidente com apenas 9 anos de idade fez com que a sua vida mudasse por completo.
Depois da difícil adaptação à sua nova realidade física, Manuel Mendes construiu uma vida pessoal, familiar e profissional que o orgulha e que constitui um exemplo humano e cívico.
Paralelamente, dedicou-se ao desporto nos seus tempos livres. Os seus atributos físicos e o entusiasmo e dedicação com que se dedicou ao atletismo ditaram a sua participação em diversas competições, não tardando a surgir os resultados que hoje fazem dele um dos atletas portugueses de referência.
Referem-se apenas os mais importantes: - Campeão Nacional Estrada 2015, 2016 e 2017 em 10.000 metros; - 4º Classificado na Taça do Mundo de Maratona IPC, em Londres, em 2016 e 2017; - Medalha de Bronze da prova de Maratona Olímpica dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, um feito inédito para um atleta estreante da sua categoria e sobretudo para a Guimarães e para o seu Vitória Sport Clube; - Medalha de bronze na Taça do Mundo de Maratona IPC 2018.
Dotado em especial para provas de meio fundo e fundo, Manuel Mendes tem-se destacado em Portugal ao sagrar-se três anos consecutivos campeão nacional de estrada dos dez mil metros, tendo em conta a sua extraordinária performance para este nível de provas.
Na presente época desportiva prepara-se para outras grandes provas nacionais e internacionais, nomeadamente o Campeonato Nacional de Estrada e a Taça do Mundo da Maratona.
JOÃO SOUSA
Nasceu em Guimarães no dia 30 de março de 1989, e é considero o melhor tenista português de sempre, sendo o primeiro atleta de nacionalidade portuguesa a vencer o prestigiado torneio Estoril Open (ATP250).
As vitórias de João Sousa começaram em 2001, quando ganhou o Campeonato Nacional de ténis na categoria sub-12. Em 2004, com apenas 15 anos, muda-se sozinho para Barcelona para treinar na academia BTT em Valldoreix, em busca das condições que lhe permitissem atingir o seu sonho: ser jogador profissional de ténis.
Em 2007 termina o ensino secundário sem reprovar nenhum ano e consegue o seu primeiro ponto ATP. Torna-se jogador profissional em 2008.
Conquistou o seu primeiro torneio Futures em 2009, tendo um total de 7 títulos nessa categoria.
Jogou o primeiro torneio do circuito ATP Challenger Tour em 2008 e conquistou o seu primeiro torneio nessa categoria em junho de 2011, tendo um total de 5 títulos nessa categoria, incluindo o torneio Challenger de Guimarães.
Foi o primeiro tenista português a vencer uma prova do ATP World Tour, o ATP250 de Kuala Lumpur, em 30 de setembro de 2013. Nesse mesmo ano atinge a 3ª ronda do Open dos Estados Unidos e volta a fazer História ao ser o primeiro tenista português a entrar no Top-50 e a terminar o ano dentro como #49. No ano seguinte atinge duas finais ATP (Metz e Bastad) e melhora o seu ranking, sendo o primeiro tenista português a entrar no Top/40 ATP, alcançando o número 35 mundial em julho de 2014. Neste ano atinge também a meia final de pares em três torneios ATP - Winston Salem, Sidney e Portugal Open.
Em 2015 atinge mais 3 finais ATP (São Petersburgo, Umag e Genebra), a 3ª ronda do Open da Austrália e volta a fazer História ao vencer o segundo título ATP em Valência e a fechar o ano no #33 ATP, a melhor classificação de sempre de um Português até essa data.
Em 2016 atinge os quartos de final do Masters 1000 de Madrid e a 3ª ronda do Open da Austrália, Wimbledon e US Open, tornando-se no primeiro tenista português a fazê-lo. Chega aos ¼ final do Masters1000 de Madrid e atinge também novo máximo no ranking mundial, ao chegar ao #28 ATP.
No ano de 2017 atinge mais duas finais ATP (Auckland e Kitzbuhel), sagra-se pela primeira vez campeão nacional absoluto e leva a Seleção Portuguesa à ronda final de apuramento para o Grupo Mundial da Taça Davis. Joga ainda duas finais ATP em Auckland e Kitzbuhel.
Em 2018 atinge os oitavos de final do Masters1000 de Miami e Indian Wells e vence o Millennium Estoril Open (ATP250), voltando a fazer História ao ser o primeiro tenista português a vencer um torneio ATP em Portugal. Torna-se também no primeiro tenista português a jogar a final de pares de um torneio Masters1000, em Roma.
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