A educação é o segredo para a igualdade
“À conversa sobre (Des) Igualdade” foi o tema de uma sessão online no âmbito das comemorações do Dia Municipal para a Igualdade.
O papel da educação é decisivo na promoção da igualdade. Esta foi uma das ilações na sessão que decorreu esta sexta-feira para assinalar o “Dia Municipal para a Igualdade” em Guimarães.
Ao longo de quase duas horas, numa sessão online, refletiu-se sobre a temática da igualdade perante um painel diverso e com experiências diversas para partilha. Eduardo Costa, 16 anos, representante do Grupo de Apoio Pessoas Queer, destacou que “o principal problema no âmbito da comunidade LGBTQIA+ passa pelo assumir em relação às famílias”, mas frisou desconhecer casos de preconceitos no concelho de Guimarães.
Enquanto engenheira química e treinadora de patinagem artística, Cláudia Martins deixou um testemunho sobre “a capacidade das mulheres vingarem na vida” quer ao nível profissional como familiar. Aqui demonstrado o exemplo de uma mulher que, em termos profissionais, integra um mundo onde predominam homens. “Foram derrubadas várias barreiras, apesar de notar a diferença no mercado de trabalho”, referiu, apontando ainda o desporto como “uma forma de ultrapassar as adversidades”.
Luís Miguel Pereira, educador de infância, foi corrosivo ao apontar que “a educação é decisiva para a promoção da igualdade”, apontando a sua experiência profissional e advertindo que “os estereótipos sobre determinadas profissões são cada vez menos acentuados”.
A sessão foi moderada pela Vereadora Paula Oliveira, que destacou os projetos e os serviços do Espaço Municipal para a Igualdade no intuito de promover a igualdade de género em Guimarães.
No encerramento desta sessão, a Vereadora da Educação, Adelina Pinto, apontou ainda o exemplo do atual executivo do município vimaranense constituído maioritariamente por mulheres (4 mulheres e 3 homens). “Existe claramente um salto qualitativo e é o reconhecimento da competência e do trabalho desenvolvido pelas mulheres, também, na área da governação”, considerou Adelina Pinto.