Guimarães consolida papel na preservação histórica com novos acordos estratégicos e reforço ao CIAJG

Guimarães deu mais um passo firme na valorização do seu património histórico-cultural com a assinatura de dois protocolos com o Estado e entidades culturais.
O Município de Guimarães celebrou esta sexta-feira dois protocolos de cooperação estratégica com o Património Cultural, I.P. e com a Fundação Batalha de Aljubarrota, com o objetivo de proteger, valorizar e intervir de forma sustentada no património histórico-cultural do concelho, numa sessão que contou com a presença de Domingos Bragança, Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Nuno Melo, Ministro da Defesa, Dalila Rodrigues, Ministra da Cultura, Rui Armindo Freitas, Secretário de Estado Adjunto da Presidência, João Soalheiro, Presidente do Conselho Diretivo do Património Cultura, I.P., e António Ramalho, Presidente do Conselho de Administração da Fundação Batalha de Aljubarrota.
Um dos protocolos, que envolve, a Fundação Batalha de Aljubarrota, tem como objetivo o restauro do Padrão de D. João I, e contempla a elaboração de um projeto técnico, a execução da obra e a produção de uma réplica do monumento, que integrará o acervo da fundação. O valor do investimento está estimado em 30 mil euros, acrescido de IVA, repartido entre as três entidades envolvidas. O outro protocolo assinado estabelece uma base de colaboração entre o Município e o Património Cultural, I.P., centrada na conservação, restauro e valorização do património imóvel classificado de Guimarães.
Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, considera que estes protocolos “são compromissos importantes para a preservação da memória identitária e simbólica de Guimarães e de Portugal ”, afirmou. O edil sublinhou que “Guimarães cuida bem do seu Património, exemplo deste cuidar e proteger bem, está na classificação do seu Centro Histórico e Zona de Couros como Património Mundial em 2001 e 2023, mas acolhemos bem a oportunidade e necessidade de uma cooperação estratégica com a tutela do património”, destacando que “Guimarães tem para além da sua extensa área classificada e de proteção de bens de valor mundial, muitos outros monumentos classificados, a necessitarem de igual proteção como por exemplo, entre outros, a Igreja de Santa Marinha da Costa”.
Ainda no decorrer da deslocação da Ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, a Guimarães, teve lugar uma visita da comitiva ministerial ao Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) onde Paulo Lopes Silva, vereador da Cultura da Câmara Municipal de Guimarães, teve oportunidade de reforçar a necessidade de Guimarães ser incluída nas políticas nacionais de apoio a equipamentos culturais com origem em Capitais Europeias da Cultura, tal como acontece com o Centro Cultural de Belém (Lisboa) e a Casa da Música (Porto). Paulo Lopes Silva defendeu a integração do Ministério da Cultura na estrutura d’A Oficina, propondo a sua transformação numa fundação, à semelhança do modelo aplicado em Serralves. O objetivo é garantir financiamento permanente e regular para o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG).
Em resposta a estas preocupações, a Ministra da Cultura assumiu o compromisso de reforçar o financiamento do CIAJG com uma verba anual adicional de 300 mil euros, elevando o apoio total do Estado para 800 mil euros por ano, garantindo assim uma base mais sólida para a atividade contínua do centro.