Guimarães é referência na área do ambiente e sustentabilidade
Conceito partilhado pelos intervenientes na terceira edição do Vitrus Talks, que decorreu esta sexta-feira, em Guimarães.
Guimarães apresenta-se com o forte desígnio ambiental, integrando o leque de dez cidades que estão na corrida para Capital Verde Europeia em 2025, sendo reconhecido o percurso desenvolvido ao longo dos últimos anos na área do ambiente. Esta ideia foi consensual entre os diversos intervenientes na terceira edição do Vitrus Talks, que decorreu esta sexta-feira, na Plataforma das Artes, através do mote “Sustentabilidade ambiental na ligação com o Território”.
O Vereador da Câmara de Guimarães, Paulo Lopes Silva, vincou o “ecossistema ambiental” como “ponto fundamental e estratégico para preparar o futuro”, sublinhando os “projetos inovadores” que são transversais às diversas áreas de ação do Município, contando ainda com parceiros fundamentais que fazem parte deste ecossistema como a Vitrus, o Laboratório da Paisagem, a Vimágua ou a Universidade do Minho. Neste contexto transversal, Paulo Lopes Silva assumiu ainda o objetivo de “certificar Guimarães como um destino sustentável” e diversificar a oferta do território.
O secretário-geral do Eixo Atlântico, Xoan Vázquez Mao, destacou a importância de Guimarães ser reconhecida com o estatuto de Capital Verde Europeia, mencionando que “é um território que merece e contará com o apoio das 41 cidades que fazem parte Eixo Atlântico porque fazem uma vida em comum e o tema do ambiente não deve ter fronteiras”. Xoan Mao defende “uma cultura institucional” no sentido de “trabalhar a sensibilização ambiental dos cidadãos” e frisou que “é importante pensar global e atuar local” no envolvimento com os cidadãos.
Nesta perspetiva, o representante do Eixo Atlântico evidenciou os vários projetos que estão a ser implementados pela Vitrus Ambiente e mostrou abertura para colaborar no repto lançado para a realização de uma grande conferência com a participação de empresas municipais da região norte e da Galiza. O desafio foi lançado por João Pedro Castro, administrador da Vitrus, assente num contexto de “partilha de conhecimento e fortalecimento dos projetos que podem ser transversais”, dando como exemplo o processo da recolha de resíduos no sistema PAYT ou o projeto CARE – que visa o uso de copos recicláveis para redução do consumo de plástico.
Ainda no contexto da sustentabilidade ambiental, o tema da candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia teve um destaque especial. “Estamos a jogar a Liga dos Campeões e entramos nesta competição para vencer”, vincou a coordenadora da candidatura de Guimarães. Isabel Loureiro evidenciou a colaboração de uma equipa multidisciplinar para a candidatura de Guimarães, sublinhando a particularidade do concelho estar divido em 48 freguesias. “O território é muito disperso, sendo que o desígnio de Capital Verde Europeia abraça todo o território de Guimarães e não apenas a cidade, com uma candidatura assente em factos e não conta apenas uma história”, constatou.
O Vereador da Câmara da Póvoa de Lanhoso, Paulo Gago, enalteceu o dinamismo de Guimarães e da ação desenvolvida pela Vitrus. “Há um trabalho reconhecido em Guimarães e que merecem ser estendidos a outros concelhos vizinhos como as ecovias ou os Guarda-rios, na vertente de uma estratégia ambiental que deve ser implementada em todo o território, porque nestas questões do ambiente não existem fronteiras”, salientou.
Esta terceira edição do Vitrus Talks contou com a presença de alunos da Escola Secundária Francisco de Holanda, CISAVE e Profitecla, no âmbito de uma aposta na área da educação ambiental, assente no pensamento, partilha e inovação de projetos na área do ambiente.