Guimarães projeta-se a nível internacional com Festival de Música Religiosa
Internacionalização do cartaz, levar a cultura para os espaços públicos e dar palco aos artistas vimaranenses. São metas definidas para o Festival Internacional de Música Religiosa de Guimarães.
A cidade de Guimarães continua a projetar-se através da realização de eventos culturais, com o objetivo da sua internacionalização. No período da Páscoa, terá lugar a terceira edição do Festival Internacional de Música Religiosa (FIMRG), entre os dias 24 e 31 de março, numa organização da Câmara Municipal de Guimarães.
A vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Guimarães, Adelina Pinto, destacou a qualidade do programa na perspetiva do salto para a internacionalização, como uma das metas definidas para a edição de 2018. “Queríamos apostar na área da internacionalização do programa e trazer grandes nomes da música a Guimarães”, seguindo a intenção de “dar palco aos nossos artistas, sem descurar a qualidade, mas evidenciando o reconhecimento e valorização do trabalho que é feito na área da música em Guimarães”, referiu Adelina Pinto, na conferência de imprensa de apresentação do FIMRG. Acrescentou ainda uma terceira meta do Município em “levar a cultura aos espaços públicos”, através da colaboração com a Arquidiocese de Braga, Santa Casa da Misericórdia de Guimarães e Paço dos Duques de Bragança.
Uma das novidades desta edição será a partilha da direção artística entre Elisabete Matos e Augusto Alvarez, tratando-se no primeiro caso de um regresso às origens. Apesar da alteração na direção artística, o professor José Maria Pedrosa Cardoso continua como responsável pelas notas ao programa e conferências do Festival.
Elisabete Matos é natural de Guimarães e, de longe, a cantora lírica portuguesa mais conhecida no plano internacional. Entre o vasto currículo, nota de destaque para a atribuição da Ordem do Infante D. Henrique pelo Presidente da República Portuguesa e Medalha de Ouro por Mérito Artístico da Cidade de Guimarães. Atuou nos principais palcos mundiais e participou nas comemorações do centenário da morte de Giuseppe Verdi, cantando com Plácido Domingo e José Carreras, sob a direção musical de Zubin Mehta, em Roma.
O desafio lançado pela Câmara de Guimarães “é uma novidade” para Elisabete Matos, que centrou todos os esforços na elaboração de um programa “de qualidade” assente nas raízes dos músicos da região norte do país que, por norma, “vêm de uma tradição coral e de bandas”. Dentro deste conceito, a cantora lírica considerou que o Festival de Música Religiosa “vai surpreender” as pessoas e turistas que vão aderir a estes eventos, considerando que “será um programa mais espiritual”.
O programa deste Festival de Música Religiosa evidencia uma aposta reforçada com a participação da Orquestra de Guimarães e o Quarteto de Cordas de Guimarães, no melhor do que a música erudita tem para mostrar ao mundo, com destaque para ‘Cantatas de Vivaldi’, por José Carlos Araújo, considerado “um dos mais importantes intérpretes portugueses da atualidade” - in, Jornal de Letras – ou Artur Filemon, vencedor do 1º Prémio do Concurso Nacional de Canto dos Conservatórios Nacionais Oficiais. Acrescenta-se, ainda, o Coro Gaos da Galicia, que vai atuar no dia 29, na Igreja de São Pedro.
Entre as manifestações de religiosidade popular como Procissões e Vias Sacras, este programa contempla ainda a presença da música erudita nas suas variadas vertentes: Coral Sinfónica, Coral, de Câmara e não faltará a Poesia ou a “Palavra”. Tudo isto com grandes intérpretes nacionais e internacionais, escolhidos com grande critério, na cidade histórica de Guimarães, considerada Património Mundial da Humanidade.
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